Em meio a tantas denúncias e após ter sido indiciado pela PF (Polícia Federal), nesta quinta-feira (21), por crimes contra o Estado Democrático de Direito, no suposto ‘golpe de Estado’ depois da derrota para Lula nas eleições de 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para se manifestar.
Por lá, Bolsonaro decidiu direcionar suas críticas contra as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei“, inicia ele.
Em outro trecho do texto, o ex-presidente pondera que somente depois que as denúncias chegarem à PGR (Procuradoria-Geral da República), ele possa lutar pela defesa.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar“.
De acordo com o que foi divulgado pela imprensa ontem, um relatório da investigação com 884 páginas foi enviado ao STF.
Consta que, além de Jair Bolsonaro, mais outras 35 pessoas foram investigadas e indiciadas pela Polícia Federal. Com base nas decisões de Alexandre Moraes, cinco militares já estão presos: tenente-coronel Hélio Ferreira de Lima, que, em seu currículo nas redes sociais, cita participação no curso de operações especiais do Exército; general da reserva Mário Fernandes, que ocupou cargos na Secretaria-Geral da Presidência da República; tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira; policial federal Wladimir Matos Soares; oficial Rodrigo Bezerra Azevedo.