Cerca de 90% das cidades do Rio Grande do Sul foram afetadas pelas chuvas, revela AB
“Desde esta quinta-feira (9), a Defesa Civil estadual está divulgando os nomes de pessoas que morreram, bem como das cujo paradeiro é desconhecido. A lista já tem seis páginas. E não para de crescer“, revelou a publicação da Agência Brasil desta sexta-feira (10), sobre o estado de calamidade pública que vive o Rio Grande do Sul, com as fortes chuvas dos últimos.
Conforme a divulgação, até ontem, já havia ao menos 116 mortos e outras 143 desaparecidas, por conta dos temporais devastadores que caem em solo gaúcho, desde o último dia 26 do mês passado, porém, tendo-se agravado a partir do dia 29.
A Defesa Civil estadual, afirmou que a atualização da lista com os nomes das vítimas, ocorre com base nas informações recebidas das defesas civis e da Polícia Civil de cada município. Por conta disso, o órgão alerta para o risco de ocorrer de algumas vítimas desaparecidas, ainda não constarem da relação.
Uma mãe, por exemplo, segue em busca de notícias de seu bebê que havia caído na água de um rio, quando o barco usado para resgatar a família virou. Ela e outros três filhos conseguiram ser resgatadas, mas, a criancinha, que é gêmea, não foi encontrada. Porém, existem indícios, de que outras pessoas tenham visto o recém-nascido ser socorrido, relata a matéria.
Segundo a Agência “até o meio-dia de hoje (10), a Defesa Civil estadual contabilizava cerca de 1,9 milhão de pessoas foram afetadas, em 437 cidades, por efeitos adversos das chuvas, como inundações, alagamentos, enxurradas, deslizamentos, desmoronamentos e outros“.
Estima-se que ao menos 337.346 pessoas desalojadas, tiveram que buscar abrigo em residências de parentes ou amigos. Outras 70.772 vítimas, ficaram desabrigadas e precisaram se refugiar em abrigos públicos ou em instituições assistenciais.
O governador Eduardo Leite, reconheceu que o Rio Grande do Sul e todo o país, terão que se ajustar a um novo contexto, contra eventos climáticos extremos que têm se tornado cada vez mais frequentes.
À imprensa, Eduardo Leite afirmou: “já temos uma série de políticas em andamento, mas está muito nítido que precisamos fazer [ações efetivas] em outro grau, em outro patamar”, disse ele, na manhã de ontem. “[No estado] já existem estruturas [para lidar com as mudanças climáticas]. O que vamos ter que fazer é transformá-las, dando outra robustez para estas estruturas […] Precisamos passar a um nível excepcional de qualidade técnica, tecnológica e de recursos […] Precisamos ter preparo para conviver com situações excepcionais como esta. Preparo que envolve desde sistemas de proteção e defesa das cidades; realocação de espaços e novas técnicas construtivas resistentes a outro patamar de comportamento do clima; sistema de alerta e de informação à população, para que ela saiba lidar com estas situações [extremas]”, destacou ele, conforme reproduziu a AB.