Irmandade da Boa Morte: elo fortalecedor de fé, união, amor e respeito
*Por: Ìyá Márcia d’Ọ̀gún
A Irmandade da Boa Morte é um laço que representa união, companheirismo, cumplicidade, amor, mas sobretudo RESPEITO. Ter uma/um irmã/irmão é ter a certeza de que você nunca estará sozinha/o. Ser irmã/ão é dar apoio nos bons momentos e nos momentos difíceis, independente de qualquer adversidade.
Em tempos difíceis como esses que temos vivido, podemos perceber quem são as/os nossas/os verdadeiras/os irmãs/ãos, amigas/os e companheiras/os de luta…
Não precisa ser irmã/ão consanguíneo. Não precisa ser de religião, nem mesmo do mesmo segmento religioso nosso. Basta estar conectado com a nossa alma, com o nosso sentimento, com a nossa verdade. Porque somos todos iguais, somos seres humanos.
As/Os verdadeiras/os religiosas/os, estão SEMPRE lutando não somente contra a Intolerância, Ódio, Racismo e Terrorismo Religiosos, mas também contra toda falta de respeito, e por isso precisamos contribuir para a construção de PAZ através do RESPEITO!!!
Venho, hoje, aproveitar da condição de Colunista Colaboradora desse veículo [Acesse News], como Ìyalọ̀ríṣá do Ìlẹ̀ Àṣẹ Ẹwà Ọ̀lódùmarè, como membro da Rede de Mulheres de Terreiro da Bahia, como Coordenadora do Núcleo Lauro de Freitas da RENAFRO (Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde), como uma das coordenadoras do CONIRB (Conselho InterReligioso da Bahia), como membro da RENADIR (Rede Nacional da Diversidade Religiosa), como membro da UNISOES (União de Sociedades Espiritualistas, Filosóficas, Científicas e Religiosas), como Conselheira Consultiva da REDA (Rede Ecumênica da Água), mas sobretudo como Irmã Noviça da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, manifestar meu respeito e apoio incondicional às Irmãs de Farda, nossas mais velhas, que têm sido questionadas publicamente sobre suas decisões, liderança e integridade.
O respeito permite que a sociedade viva em paz, numa convivência saudável, assentada em consideração, solicitude e civilidade. Implica reconhecer em si e nos demais os direitos e as obrigações. Em contrapartida, a falta de respeito gera violência, conflitos, desconforto e confrontos.
Que as nossas ações de construção da PAZ através da CULTURA do RESPEITO, faça parte da nossa vida DIARIAMENTE.
Vida longa com saúde à Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte e a todas as nossas irmãs, as de Farda e as Noviças, porque ambas representatividades são importantes para a continuidade dessa Confraria que já soma mais de dois séculos de idade.
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*@Ìyá Márcia d’Ọ̀gún é Iyalorixá do Ìlẹ̀ Àṣẹ Ẹwà Ọ̀lódùmarè, um Terreiro de Tradição Ijexá, em Lauro de Freitas; Doutora Honoris Causa pela Faculdade Formação Brasileira e Internacional de Capelania e Ordem de Capelães do Brasil; Coordenadora da Renafro (Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – Núcleo Lauro de Freitas); Membro da Renadir (Rede Nacional da Diversidade Religiosa e do Comitê InterReligioso da Bahia); Presidenta do Conselho Municipal de Política Cultural de Salvador; além de professora aposentada.
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