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Hospital Clériston Andrade realiza o primeiro transplante de pele do interior da Bahia

A Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), informou nesta segunda-feira (17), que o HGCA (Hospital Geral Clériston Andrade), em Feira de Santana, realizou o primeiro transplante de pele do interior da Bahia. Porém, não foi revelado o dia e horário que ocorreu a cirurgia, conduzida pelo cirurgião plástico Francisco Anibal, e as equipes do NAPF (Núcleo de Atenção a Pessoas com Feridas), da OPO (Organização de Procura de Órgãos), além de um grupo multiprofissional, que segue cuidando da paciente que permanece internada.

Segundo o HGCA, ela ainda deve passar, ao menos, por mais dois procedimentos semelhantes. Para a direção do hospital, esse momento está “marcando um avanço significativo na medicina da região“.

A informação é de que a paciente, teve cerca de 25% de sua superfície corporal comprometida, mas apresenta uma boa recuperação. “Ainda serão necessários alguns dias para uma avaliação completa da evolução do transplante, mas os sinais são positivos. Poder realizar esse primeiro transplante de pele no HGCA destaca o potencial do hospital como referência regional em saúde, bem como o comprometimento das equipes da unidade em salvar vidas, mesmo nas situações mais adversas,” afirmou o cirurgião.

A coordenadora do NAPF, Rosa Maria Cordeiro, destacou a gravidade da lesão inicial: “A paciente apresentava uma lesão extensa e necrosada que necessitou de cuidados intensivos e diversos procedimentos cirúrgicos, incluindo debridamento e terapia de pressão negativa. A equipe trabalhou incansavelmente para estabilizar a condição da paciente antes de proceder com o transplante“.

Por sua vez, Mirela Andrade, enfermeira e coordenadora da OPO, ressaltou que o transplante de pele realizado no Clériston Andrade foi em caráter extraordinário, graças a liberação pelo SNT (Sistema Nacional de Transplante), uma vez que a unidade não possui credenciamento para realizar transplante de órgãos. “Devido à necessidade e urgência do caso da paciente, a Central Estadual de Transplantes, junto com o SNT, requereu em caráter excepcional esse transplante”, explicou ela.

A coordenadora da OPO enfatizou ainda, que: “este transplante foi um marco para a medicina na Bahia, mostrando que, com cooperação e recursos adequados, podemos realizar procedimentos complexos fora dos grandes centros. A paciente ainda requer cuidados intensivos e segue internada na UTI, mas o transplante de pele foi importante para estabilizá-la“.

Já o médico responsável pelo comando da operação, destacou a importância e esforço dos profissionais envolvidos e agradeceu especialmente a colaboração dos gaúchos. “Gostaria de expressar nossa gratidão aos colegas de Porto Alegre que, mesmo enfrentando dificuldades de transporte aéreo na região devido às enchentes, enviaram a pele necessária para essa cirurgia, mostrando o comprometimento em ajudar um paciente que nem conhecem. Foi um gesto de extrema solidariedade,” ressaltou Anibal (Foto: Ascom/HGCA).

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