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Apagões em São Paulo: MPC poderá pedir a extinção da concessão da Enel, após sequência de falta de energia na capital paulista

Moradores e comerciantes da região central da capital paulista, tiveram nesta sexta-feira (22), o quinto dia consecutivo de queda da energia elétrica fornecida pela concessionária Enel. Bairros como Bela Vista, Consolação, Vila Buarque, Santa Cecília, Campos Elíseos e Higienópolis, foram os mais afetados desde a última segunda-feira (18). Ontem também, as imediações da República também sofreu com o apagão. Por lá, edifício Copan, por exemplo, onde residem cerca de 5 mil pessoas, ficou sem luz e precisou recorrer a geradores.

Áreas da região da Rua 25 de Março e do Aeroporto de Congonhas, “que, há uma semana, precisou suspender pousos e decolagens por mais de uma hora“, também foram atingidas com a falta de energia. A informação foi publicada nesta sexta-feira pela Agência Brasil.

Por conta de situações como essas, o MPC (Ministério Público de Contas) entrou com um pedido de apuração junto ao TCU (Tribunal de Contas da União). Em caso de constatação de falhas na prestação de serviço da Enel, o Ministério sinaliza para a possibilidade de pedir a extinção da concessão da concessionária.

Em nota, a Enel Distribuição São Paulo informou que, por volta das 16h de ontem, o serviço foi restabelecido para 97% dos clientes afetados. “No momento, cerca de 600 clientes estão sem energia após as ocorrências que afetaram a rede subterrânea nesta semana. A companhia está mobilizando geradores para atendê-los.”

A concessionária disse lamentar os transtornos e explicou que os problemas começaram com danos em diferentes circuitos subterrâneos, “cuja reparação é complexa e demorada, dadas as dificuldades e especificidades desse tipo de rede (galerias subterrâneas)”.

Segundo as informações, o problema afetou, também, redes hospitalares como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (imagem ao lado) e o Hospital Santa Isabel, da Rede D’Or, escolas, faculdades, (Foto: Reprodução/Ilustrativa).

Comerciantes ouvidos pela Agência, contabilizaram os prejuízos. “Não tem previsão de volta da energia hoje. A gente está perdendo de R$ 1mil a R$ 2 mil por dia. Em média, nós fazemos serviço em dois ou três celulares por dia”, reclamou o empresário Ruan Cardoso, que tem uma loja de conserto desses aparelhos na região da Rua Sete de Abril. O comerciante Luiz Alberto, que vende produtos perecíveis, também se queixou. “Tivemos que realocar nossos produtos em outras lojas, entre lojistas de muita boa vontade aqui dos arredores. Não recebemos nenhuma satisfação da Enel, a não ser pela própria imprensa“, lamentou ele.

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