Na semana passada, o Acesse News publicou uma matéria anunciando o nome do economista Adriano Pires, como novo presidente da Petrobras. Ele iria substituir o general Joaquim Silva e Luna. Especulava-se que com a mudança, haveria a possibilidade de estabelecer uma nova política de preços para o combustível no país.
Pires que recentemente escreveu um artigo defendendo a privatização da Petrobras e em outro momento, sugeriu mais injeção de dinheiro público na estatal para tentar frear as altas dos preços, teve seu nome confirmado sem o aval do ministério de Paulo Guedes.
Mas na noite desta segunda-feira (4), o economista surpreendeu o governo com uma carta enviada ao ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, na qual agradece pelo convite recebido. Porém, alega não ser possível conciliar o seu atual trabalho de consultor de empresas, com a função de presidente da Petrobras.

“Ficou claro para mim que não poderei conciliar meu trabalho de consultor, com o exercício de Presidente da Petrobras. Iniciei imediatamente o procedimentos para me desligar do Cetro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), companhia que fundei há mais de 20 anos e hoje dirijo em sociedade com meu filho. Ao longo do processo, porém, descobri que infelizmente não tenho como fazê-lo em tão pouco tempo“, justificou Pires (clique aqui) e confira a íntegra da carta.
Em seu argumento, Adriano Pires chegou a dizer que no primeiro momento, até sentiu confiança em poder ajudar a estatal enfrentar esse momento de turbulências e incertezas.
Mas ele conclui enfatizando que pretende continuar lutando pelo mercado brasileiro de óleo e gás, setor no qual tem expertise, como tem feito ao longo de sua carreira profissional. “Para concluir, reafirmo aqui o compromisso de continuar nessa luta, que é em favor do Brasil…”, ressaltou.