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Google perde ação na Justiça dos EUA por monopólio na publicidade online

A Corte do Distrito do Leste da Virgínia, nos EUA, decidiu que o Google violou leis antitruste locais, ao manter, na última década, o monopólio no mercado de anúncios online para publicidade em telas.

Com a decisão da Corte, o Google terá que realizar um “spin-off” uma divisão) de seu negócio mais rentável. A informação foi publicada pelo Mobile Time na última quinta-feira (17).

Segundo a publicação, a juíza distrital Leonie Brinkema, argumentou que “além de privar os rivais da capacidade de competir, essa conduta excludente danificou substancialmente os editores (publishers) que são clientes do Google, o processo competitivo, e, ultimamente, os consumidores de informações (que usam) a Internet aberta“.

A reportagem assinada por Henrique Medeiros , afirma que “a magistrada convocará uma audiência para “impor remédios” que devem ser impostas à companhia por suas práticas anticompetitivas de monopólio em data a ser definida“.

Impacto: de acordo com as informações, o processo foi apresentado por oito procuradorias estaduais norte-americanas, encabeçada pelo então procurador-geral Merrick B. Garland em janeiro de 2023. Na época, ele ava afirmado “que o objetivo da ação era desmembrar os negócios de publicidade do Google e nivelar um mercado que conta ainda com rivais como Meta, Apple e Amazon, uma vez que a companhia ganhara mais poder de mercado após as práticas anticompetitivas e das aquisições da AdMob e da DoubleClick“. A matéria destaca ainda que o Google Search e o YouTube Ads, que possuem os produtos de publicidade da Alphabet, responderam juntos por US$249,5 bilhões de receita em 2024. Ou seja, o equivalente a 71% do faturamento total da controladora do Google em 2024, que foi de US$350 bilhões. “Vale lembrar, este não é o único julgamento que o Google perdeu e que pode provocar um desmembramento da empresa. Em agosto de 2024, a Corte Distrital de Columbia decidiu que o Google também teve práticas anticompetitivas e de monopólio no mercado de motores de buscas e apps. Porém, os remédios ainda não foram definidos“, finaliza.

Em publicação feita pelo perfil da empresa no X (antigo Twitter), a vice-presidente de assuntos regulatórios do Google, Lee-Anne Mullholand, confirmou que a companhia vai recorrer da decisão, pois discorda do posicionamento de Brinkema com relação às ferramentas de publicidade: “Os publishers têm muitas opções e escolhem o Google porque nossas ferramentas de anúncios são simples acessíveis e eficazes”, escreveu a executiva, ao defender as posições e estratégias da companhia.

Mullholand disse ainda que o Google “venceu” metade do caso, pois o Tribunal considerou que as ferramentas para anunciantes e aquisições (DoubleClick e AdMob) não prejudicaram a concorrência.

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