Há 20 anos, o projeto ‘Bombeiro Amigo do Peito’ incentiva a doação de leite materno na capital e interior da Bahia

Há 20anos, o CBMBA (Corpo de Bombeiros Militar da Bahia), desenvolve e comandada o projeto Bombeiro Amigo do Peito, para promover o aleitamento materno, através da doação de leite humano, na capital e no interior da Bahia.
“Todo o leite doado é analisado, pasteurizado e submetido a um rigoroso controle de qualidade antes de ser oferecido a bebês prematuros ou com mães impossibilitadas de amamentar“, diz a nota divulgada pela Assessoria de Comunicação do governo baiano.
De acordo com o comunicado, às segundas, terças e quintas-feiras, bombeiro(a)s militares vão até as residências das lactantes voluntárias para recolhimento do leite materno. A cada visita, kits são entregues para as doadoras, os quais são recolhidos a cada coleta.
Segundo a coordenação o projeto, o leite materno fortalece a imunidade dos bebês e reduz a ocorrência de cólicas, entre outros benefícios. “Promovemos orientações quanto ao manejo em lactação e amamentação e incentivamos essas mães quanto ao uso exclusivo de leite materno de 0 a 6 meses. Dessa forma, ajudamos a reduzir a taxa de mortalidade infantil no nosso estado”, explicou a subtenente Souto, coordenadora do projeto.
Em Salvador e Lauro de Freitas, esse projeto é realizado pelo 12º GBM/Salvar (Grupamento de Bombeiros Militar), em parceria com a Maternidade Climério de Oliveira e o Iperba (Instituto de Perinatologia da Bahia). Já em Feira de Santana, a coordenação é do 2º GBM e em Itabuna, esta ação é comandada pelo 4º Grupamento de Bombeiros Militar.
Doadoras

De acordo com os coordenadores, neste mês de março, 73 novas doadoras aderiram ao projeto. Porém, está precisando de mais lactantes. As mães voluntárias interessadas em colaborar, devem ligar para os bancos de leite através dos números: (71) 3283-9264 (maternidade Climério de Oliveira), ou 3103-9304 (do Iperba).
Outro tipo de doação necessária, para o Bombeiro Amigo do Peito, é daqueles potes de vidro com tampa plástica (tipo os de café solúvel). Esses recipientes que podem ser levados a qualquer unidade do Corpo de Bombeiros ou nas maternidades das cidades participantes.
O leite entregue na Climério de Oliveira, é aproveitado na própria maternidade, seguindo a recomendação médica e nutricional. “Observamos se o leite veio de fato no estado congelado. Ele não pode estar no estado líquido por se tornar meio de proliferação de bactérias. Fazemos a desinfecção dos frascos, identificação, a data da coleta e o tipo da amostra. Uma amostra é encaminhada para o laboratório fazer análise e comprovar se as doadoras estão aptas”, detalhou a técnica de enfermagem do Banco de Leite Humano da unidade, Sheila Araújo.
Segundo as informações, a senhora Alana Lago, mãe de um bebê de 3 meses, se tornou voluntária após tomar conhecimento através de uma amiga. “Eu via sempre uma amiga postando que estava doando leite e me interessei. Eu não queria jogar fora sabendo que tantos bebês precisam. O leite salva vidas e é o melhor alimento que todos os bebês podem ter”, afirmou.