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Bahia estuda torna-se clube-empresa; o problema é que o interessado parece ser o mesmo grupo da Refinaria Landulpho Alves

Possivelmente a maioria dos torcedores tricolor, já ouviu falar na possibilidade de o Esporte Cube Bahia, torna-se empresa, através do formato em vigor da Lei 14.193/2021 da SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O mesmo ao qual já aderiram o Cruzeiro, de Belo Horizonte (há relatos de que Ronaldo Fenômeno quer desistir do negócio, exige garantias) e o Botafogo, do Rio de Janeiro.

O que talvez, nem todos dessa maioria de torcedores ainda não saibam, é o nome de quem supostamente esteja interessado nessa transação. Segundo informações levantadas exclusivamente pelo Jornal da Metrópole, trata-se da City Football Group, investidores dos Emirados Árabes, que têm participação no grupo Acelen, compradora da Refinaria Landulpho Alves, em dezembro do ano passado.

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Pesa contra a refinaria entre os baianos, os constantes aumentos nos preços dos combustíveis desde a sua aquisição pela iniciativa privada. O mais recente, elevou o preço da gasolina, por exemplo, para quase R$8,00 em várias cidades do Estado.

O presidente do clube Guilherme Bellintani, que por sua vez, ainda não revelou oficialmente os nomes dos interessados na parceria, sabe que caso realmente seja o City Grup, certamente encontrará resistência, tanto entre os torcedores, quanto talvez, também entre o Conselheiro Deliberativo da instituição, por conta da insatisfação da população baiana, com as altas dos referidos preços aplicados por eles, que vêm impactando diretamente na vida de todos por aqui.

O que dizem os especialistas

Imagem ilustrativa (Fonte: Redes Sociais)

Se por um lado, o modelo de negócio poderia ser uma boa para o Bahia, por tratar-se de investimento financeiro para o clube e contar com a expertise de um grupo que já possui parceria com cerca de 15 outros times pelo mundo, por outro, há o receio da concentração do poder de decisão sobre as coisas do maior time do Nordeste, nas mãos de uma só pessoa.

Especialistas em direitos esportivos ouvidos pelo Jornal, destacam quais são os pros e contras, nesse modelo de gestão.

A SAF concentra o poder em uma pessoa. No clube tradicional, o poder é mais difuso com a participação do conselho deliberativo, da torcida. Cada clube precisa avaliar dentro de sua realidade qual modelo adotar”, explica o advogado Milton Jordão.

Por sua vez, Cristiano Possídio, também advogado, diz acreditar que “a lei da SAF, pode aquecer o mercado do futebol brasileiro, trazendo uma possibilidade de salários adequados e inves-timento nas divisões de base. No entanto, a profissionalização do fu-tebol depende de cada gestão“.

O Metrópole lembrou também, que na década de 90, a dupla Ba-Vi já viveu a experiência de ser clube empresa. Um ano depois, os investidores, à época, do grupo Excel, devolveram as gestões para os respectivos dirigentes das agremiações. Segundo consta, em 2004 o Esporte Clube Vitoria conseguiu comprar de volta os 51% das ações vendidas. Já o Bahia, até hoje amarga um processo judicial movido pela empresa, cobrando cerca de R$100 milhões, alegando descumprimento de um acordo firmado em 2006.

No entanto, há diferença entre o modelo de negócio daquela época, com relação às regras atual da SAF. Ao menos é o que diz, o doutor Jordão, “A grande diferença é que hoje tem uma lei específica que mergulha no assunto. A lei da SAF está tratando certos problemas, estabelece como fica a associação espor-tiva, os símbolos, o pagamento dos credores, a tributação, enfim, a lei discrimina cada ponto”.

Quem também concorda, é o advogado Vicente Pithon, conselheiro da comissão que discute a SAF no Esporte Clube Bahia. Ele argumenta que, além do ordenamento jurídico atual ser diferente, o contrato feito pelo grupo que controlava o tricolor na época [do Excel] não tinha transparência. “Havia condições que não foram discutidas no conselho, que se mostraram bastante ruins depois”, disse ele.

Confira a íntegra da matéria, clicando aqui

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