
Carlos Teixeira e Eduardo Salusse revelam bastidores do momento financeiro do clube paulista e explicam o modelo inédito que pretende colocar torcedores no comando, durante entrevista
*Por: Assessoria de Comunicação
A proposta de transformar o Corinthians em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) controlada por seus próprios torcedores [foi] o tema central da nova edição do CNN Esportes S/A, que [foi] ao ar neste domingo (12), às 21h15 (horário de Brasília), na CNN Brasil e no YouTube do CNN Esportes.
Os idealizadores da iniciativa, Carlos Teixeira e Eduardo Salusse, apresentaram no programa detalhes da “SAFiel“, projeto que pretende dar aos corintianos o controle sobre o futuro do clube. Em entrevista ao apresentador João Vítor Xavier (confira mais abaixo), eles explicaram como funcionaria o modelo de governança, os valores estimados das ações e o potencial de captação do projeto.
Momento de decidir

Eduardo Salusse destacou a urgência em encontrar uma solução para a situação financeira do Corinthians. “A dívida cresce R$ 1 milhão por dia. Se deixarmos para quando o Corinthians estiver com uma estabilidade maior, isso vai custar meio bilhão de reais a mais“, afirmou.
Segundo ele, o clube vive um ponto de virada. “O momento que nós estamos pode fazer com que essa decisão seja inevitável. Há uma série de razões que fazem com que a decisão tenha que ser tomada de imediato, com a SAFiel ou com outro projeto, porque o tempo vai acabar fazendo com que o Corinthians sangre significativamente e torne a situação ainda muito mais difícil e muito mais prejudicial aos corintianos“.
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Controle da torcida

Os idealizadores reforçam que o comando do clube permaneceria nas mãos da Fiel. “O controle da SAF sempre será dos corintianos“, garantiu Carlos Teixeira.
Salusse completou: “O ideal é que as ações ou a captação se esgotem entre os corintianos. Vamos ter uma abertura de oferta para os torcedores, que farão uma reserva. Se atingirmos a captação por aqui, nem precisaria, em tese, de um investidor institucional. Essa que é a verdade“.
Como funcionaria: na prática, o projeto prevê a criação de uma nova sociedade. “O Corinthians seria uma nova sociedade. Essa sociedade teria dois sócios: o próprio clube, que vai contribuir com seus ativos e passivos do futebol, e uma empresa formada por acionistas que integram a torcida corintiana. Ou seja, todo torcedor que quiser investir vai poder investir“, explicou Eduardo Salusse.
Sobre a diferença entre o modelo associativo tradicional e o modelo SAF, Salusse detalhou:
“A própria Lei das SAFs foi criada para permitir, induzir e incentivar a transformação de um modelo associativo, que é o modelo clássico dos clubes de futebol, em um modelo empresarial. E o que difere uma coisa da outra? O modelo associativo é predominantemente gerenciado por políticos, pessoas eleitas pelo colegiado, que nem sempre são os melhores gestores. Eu brinco sempre que é como um prédio que elege o síndico mais simpático, e não necessariamente o mais competente. De outro lado, temos o corintiano, que está sofrendo — incluindo associados, torcedores organizados e torcedores comuns. A solução que estamos propondo é mais do que o próprio Corinthians, é a implantação de um modelo inédito no Brasil, mas alinhado com clubes europeus, onde mais de 200 já adotam essa forma empresarial de gerir o futebol“, reforçou.
A expectativa, segundo Carlos Teixeira, é ambiciosa: “A meta máxima de captação está acima dos R$ 2 bilhões“.
– Confira a entrevista…
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