Leandro Rosadas, economista e especialista em gestão de supermercados, hortifrutis, formado em economia pela UFRRJ (Universidade Federal l Rural do Rio de Janeiro), avalia como positiva a ideia do movimento varejista
Redes de supermercados apresentaram à Comissão de Assuntos Sociais do Senado, um projeto que pode iniciar a venda de MIP (Medicamentos Isentos de Prescrição) em áreas de seus estabelecimentos. O movimento diz que buscará um consenso com as farmácias, “para não apenas comercializar medicamentos, mas também disponibilizar outros itens que são vendidos nessas lojas, como dermocosméticos, itens de higiene pessoal e de perfumaria“.
Para Leandro Rosadas, especialista em gestão de supermercados, “esse efeito pode surgir já que os clientes conseguem comprar todos os itens da sua lista de necessidades em um lugar só. Estamos numa época em que as pessoas priorizam economizar o seu tempo, a agilidade na rotina corrida se torna essencial. A disponibilidade de suplementos, remédios comuns e que não precisam [de] prescrição médica, itens de higiene pessoal, como protetor solar e hidratantes corporais, no mesmo local onde podem fazer as compras de suprimentos, é benéfica para o público que quer poupar tempo“, avalia.
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De acordo com informações enviadas ao Acesse News, na semana passada, a ideia da venda desses medicamentos em supermercados, faz parte do PL (Projeto de Lei) 2158/2023, de autoria do senador Efraim Filho (União Brasil-PB) e está em tramitação no Congresso Nacional. “Porém, o texto original do PL sugere que a comercialização dos itens só possa ser feita desde haja farmacêuticos, virtuais ou presenciais, no estabelecimento para que orientem os consumidores“.
Segundo o comunicado, a proposta inicial apresentada pelo setor varejista gerou um debate acalorado com entidades farmacêuticas. “Isso porque a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e outras organizações do setor, apresentaram ao governo, em novembro de 2024, algumas sugestões para otimizar [a] eficiência do varejo alimentar, uma das propostas era a venda de medicamentos sem receita nas lojas. Com críticas feitas pelas redes de farmácias, o conceito “store in store” foi adotado pela Abras na sua proposta ao Conselho Federal de Farmácias (CFF)“.
O especialista destaca que “é importante ressaltar que esses produtos devem ficar em uma área específica, em uma nova categoria de que, provavelmente, seja perto dos setores não alimentares. Outra opção também, é que redes do varejo alimentar fechem uma parceria com redes farmacêuticas, adicionando seus pontos de venda dentro dos supermercados, colocando na entrada do supermercado, já que pode estimular a venda, caso haja o atendimento de farmacêuticos no balcão“.
Para Rosadas, outros pontos positivos, são os consumidores terem “acesso à saúde, principalmente em regiões com pouca oferta de farmácias. Além disso… a expansão dos pontos de atendimento também gerará novas oportunidades de emprego não só para o setor farmacêutico, mas para o varejo alimentar também“.