Levantamento do CFM (Conselho Federal de Medicina), divulgado nesta sexta-feira (30), revela que, em 2024, “em média, 12 médicos foram vítimas diariamente de algum tipo de violência em um estabelecimento de saúde no Brasil…”.
Segundo as informações, os números são baseados na quantidade de BOs (Boletins de Ocorrências), registrados nas delegacias de Polícia Civil dos estados brasileiros e do Distrito Federal, no ano passado. No total, 4.562 profissionais alegaram ter sofrido algum tipo de violência no período. “[… Ameaça, injúria, desacato, lesão corporal, difamação, furto, entre outros crimes“, estão entre os casos registrados.
Desde 2013 o CFM apurou que foram contabilizados 38 mil boletins de ocorrências registrados no país. 47% dos casos foram contra mulheres.
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Os dados mostram que a violência foi cometida dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros, laboratórios e outros espaços semelhantes, públicos ou privados. “Dos 4.562 boletins de ocorrência no ano passado, 256 (6%) foram registrados por crimes de calúnia, injúria, difamação e ameaça cometidos contra médicos na internet, seja em redes sociais ou em aplicativos de mensagens“, diz o CFM, afirmando ainda que esse foi a maior quantidade de ocorrência já pesquisada.
Estados com mais ocorrências: nesses 12 anos, São Paulo lidera o ranking de queixas de médico(a)s. “Foram 18 mil dos 38 mil registrados“, informa o CFM. 8,1 mil das vítimas nesse período, foram mulheres. – Paraná aparece em segundo lugar, 3,9 mil casos. 12% foram registrados em Curitiba. Em terceiro lugar está Minas Gerais. A polícia registrou 3.617 boletins de ocorrência, “sendo 22% deles na capital, Belo Horizonte“. Já o Rio de Janeiro, com 1.589 e Santa Catarina, com 1.542, ocupam a quarta e a quinta posições, respectivamente. A Bahia ocupa o 17º lugar com 262 registros, conforme a pesquisa. Confira os demais estados clicando aqui.