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*Municípios baianos serão beneficiados por fábrica que poderá gerar mais de 24 mil empregos diretos e indiretos; *nenhum do Recôncavo

Mais seis municípios baianos serão beneficiados com a instalação de uma fábrica de metanol, amônia verdes e oxigênio, no Estado. São eles: Bom Jesus da Lapa, Brumado, Candeias, Irecê, Juazeiro e Pindaí. Mais uma vez, nenhum aqui do Recôncavo. A SDE (Secretaria de Desenvolvimento Econômico), diz seguir trabalhando para “atrair novos investimentos para a Bahia“.

Nesta quarta-feira (23), o secretário Angelo Almeida assinou o protocolo de intenções com a GoVerde Energia, para a instalação de um parque fabril destinado à produção de metanol e amônia verdes, oxigênio e energia fotovoltaica.

Segundo o secretário, “a Bahia se coloca como protagonista nas ações de economia verde. Seguimos atraindo empresas alinhadas com este propósito e no desenvolvimento geopolítico estratégico”. De acordo com as informações, o investimento previsto é de R$5,4 bilhões na construção do parque fabril e mais R$3,6 bilhões para a produção de energia solar.

Em comunicado a SDE afirma que o projeto será divido em três fases de operação, “onde deve gerar, em cada fase implantada, 50 empregos diretos na unidade industrial e 20 empregos diretos na unidade de geração de energia elétrica, além de estimar gerar 24 mil empregos indiretos em toda a cadeia produtiva“.

Foi informado ainda que a GoVerde firmou um acordo para promover “o treinamento e a capacitação de mão de obra especializada, priorizando os cidadãos e cidadãs de Candeias na contratação“.

Os outros municípios: com tecnologia fornecida por indústria alemã, na primeira fase a fábrica terá a capacidade de produzir 300 toneladas de metanol e amônia verdes e 155 toneladas de oxigênio por dia, conforme destaca o informativo. E na fase avançada, estima-se um aumento da capacidade em mais 300 toneladas/dia. “Já o parque solar será implantado nos municípios de Juazeiro, Bom Jesus da Lapa, Pindaí, Brumado e Irecê, com potência para gerar até 1,5 GW/ano“, diz o comunicado.

O Recôncavo: por sua vez, o Recôncavo continua apático e estático, no que se refere ao seu desenvolvimento econômico (representa apenas 0,85% na arrecadação do Estado, dados de 2021) e geração de emprego. Pelo menos nos últimos cinco anos, não há registro de que alguma indústria de médio porte, tenha demonstrado interesse em investir nessa região. – O que será que realmente falta para que essa parte da Bahia, também consega atrair os olhares de investidores e até mesmo do governo do Estado?

Quer saber? Falta representatividade política de lideres regionais que tenham uma visão macro e não apenas micro (e deixem de olhar apenas para o próprio umbigo) e digam: queremos nossa região próspera e produtiva; falta infraestrutura (principalmente a duplicação da BR 101); falta uma imprensa que una forças para cobrar mais investimento para cá; falta indignação da população local cobrando emprego e melhor condição de vida; enfim, falta mais luta de verdade pelo nosso Recôncavo, tão rico em belezas naturais e cultura, porém, pobre em recursos financeiros.

*Dell Santana, é graduado em Comunicação Institucional (Faculdade Sumaré – SP), editor do Acesse News e filiado a ABI (Associação Baiana de Imprensa).

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