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[Bahia]: Programa “Oxe, me Respeite – nas Escolas” fortalece prevenção à violência de gênero na rede estadual

*Reportagem: David Mendes/Gov/Ba – Fotos: Mateus Pereira/GovBa

Com o objetivo de promover práticas de prevenção a todo tipo de violência baseada em gênero nas escolas da Rede Estadual de Ensino, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), lançou nesta quarta-feira (29), o Projeto “Oxe, me respeite – nas escolas”, com iniciativas recomendas pela Lei Maria da Penha.

“Todo esse problema estrutural da sociedade, da violência de gênero, contra as mulheres, se a gente não trabalhar na perspectiva da educação, da transformação das próximas gerações, na mudança de cultura, não iremos avançar, mesmo com todos os investimentos feitos pelos governos do Estado e Federal na sua transversalidade”, defendeu a secretária da SPM, Elisângela Araújo, durante lançamento das novas atividades do programa, no Colégio Estadual Daniel Comboni, no bairro de Sussuarana, em Salvador.

O Oxe, me respeite – nas escolas é uma ação da Plataforma Elas à Frente, com atividades transversais de políticas para as mulheres em diferentes órgãos do governo e desenvolvido em parceria com as Secretarias Estaduais da Educação (SEC); de Justiça e Direitos Humanos (SJDH); da Segurança Pública (SSP); de Relações Institucionais (Serin); com o Fundo de Populações da Nações Unidas (UNFPA); e com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher da Ufba (Neim).

“É um debate que trata da vida das pessoas, do direito das mulheres de se sentirem seguras em qualquer lugar, e a escola é um lugar onde devemos fazer esse tipo de debate, inclusive o debate das nossas vidas e a educação articulada no dia a dia dos estudantes, na sala de aula, na prática pedagógica, de uma escola que é transformadora”, defendeu a secretária de Educação da Bahia, Rowenna Brito.

  • O Termo de Adesão para o programa “Oxe, Me Respeite – Nas Escolas” –  Edição 2024, pode ser acessado através [deste] link.

Para Júnia Queiroga, representante auxiliar do Fundo de População da ONU, presente na cerimônia, a formação de um ambiente favorável à prevenção da violência baseada em gênero é essencial. “Capacitar não só os educadores, mas os diretores, todo o núcleo de formação, o administrativo, o ambiente escolar como um todo, é essencial para que se reverbere para as famílias, para os jovens e adolescentes, para que se torne um ambiente que favoreça a prevenção”, afirmou.

De acordo com a SPM, inicialmente, 100 unidades escolares, sendo 20 na capital, 20 na Região Metropolitana de Salvador e 60 no interior do estado, vão aderir ao programa e 500 docentes da Rede Estadual de Ensino participarão da formação, realizada pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT).

“O programa é fundamental para que nós, alunos, estejamos representados e a escola deve nos acolher como uma casa e nos proteger sempre”, comemorou Rute Vieira, estudante do Colégio Daniel Comboni.

As unidades de ensino devem estar dentro dos critérios definidos, como não possuir um Comitê Multidisciplinar de Mobilização para o Empoderamento das Mulheres e Enfrentamento ao Machismo, conforme previsto na Lei Estadual nº 14.452/2022; pertencer a municípios identificados pelo programa Bahia Pela Paz como mais vulneráveis à violência ou em Territórios identificados pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), com o maior índice de direitos de meninas e mulheres violados. 

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