Festival da Cerâmica de Maragogipinho firma parceria com o governo baiano e espera receber mais turistas

Durante os dias 13 a 19 de novembro, Maragogipinho, distrito de Aratuípe, no Recôncavo da Bahia, reunirá seus artesãos, lojistas, oleiros para receber ainda mais turistas e autoridades no tradicinal Festival da Cerâmica, em celebração à produção artesanal, um legado deixado por mestres e artesãos locais há séculos.
O lançamento do evento aconteceu nesta segunda-feira (30). A proposta é realizar cadastramento de artesãos, rodadas de conversas, painéis e oficinas de capacitação, espaços para comercialização e exposição dos produtos, com oportunidades de fechar negócios. Também está programado shows com Roberto Mendes, Jau, Sued Nunes e Lenine.
Em nota, o governo do Estado assegura apoio ao festival e sua inclusão no Calendário Cultural da Bahia.
“O festival é um marco para Maragogipinho, conhecido como o maior polo eramista da América Latina, com cerca de 150 olarias. A partir deste ano, o vento irá se tornar parte do calendário cultural da Bahia, resultado de um investimento de R$ 900 mil do Governo da Bahia, através do Programa Artesanato da Bahia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e das secretarias de Cultura (Secult) e Turismo (Setur), da Prefeitura de Aratuípe e da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)“, diz o comunicado.
Um dos participantes do lançamento, o artesão Adélio Prado, contextualiza suas tradições e o festival. “É uma bênção para nós, oleiros de Maragogipinho, e para a história de nossa amada localidade. Somos guardiões de uma tradição que atravessa séculos, uma herança que aprendemos com nossos antepassados. A cerâmica que produzimos não é apenas argila moldada; é a essência de nossa cultura e identidade“.
Durante o lançamento, foram expostas agumas das peças que os visitantes poderão adquirir no festival. Além delas, terão outros itens como: louças de barro, potes, talhas, boi-bilhas, panelas, vasos, pratos, corbélias, esculturas e moringas, com influências indígenas, geométricas e florais, criadas com pintura artesanal em tauá, pigmento natural de argila em vermelho e tabatinga de tom branco, (Foto: Manu Dias/GovBa).

Juremar Oliveira, secretário em exercício da Setre, destaca o apoio aos artesãos de Maragogipinho. “Oferecendo destaque para a exposição e venda de suas obras, valorizamos suas habilidades, criatividade e contribuímos para a perpetuação desse patrimônio cultural. Além disso, o festival impulsiona a economia local e reconhece o valor do trabalho desses mestres e artesãos, incentivando-os a aprimorar técnicas e criar peças únicas que encantam a todos“.
Segundo as informações, durante o evento também será apresentado um mapa interativo com detalhes sobre as olarias e produção de cerâmica da região. Os dados poderão ser acessados via QR code. “Esse recurso é valioso para divulgar o artesanato local, destacando a diversidade de estilos e técnicas disponíveis“.

Maragogipinho: localizado a 71 quilômetros de Salvador pela BR-101 (segundo a nota do governo), é um distrito famoso por sua tradição ceramista, com a maioria dos habitantes envolvidos na produção artesanal. Dezenas de olarias locais contribuem para uma produção contínua de cerâmica, herança familiar que atravessa gerações. O processo de modelagem manual foi aprimorado com o uso de tornos manuais e elétricos, bem como o emprego de moldes, elevando a técnica ancestral a novos patamares, (Foto: Manu Dias/GovBa).