Na Bahia, desfiles no Centro Histórico de Salvador, celebram o Dia da Cultura Popular
Para comemorar o Dia da Cultura Popular, celebrado em 22 de agosto, a Funceb (Fundação Cultural do Estado da Bahia), através do CFA (Centro de Formação em Artes), realizou nesta terça-feira, o cortejo artístico Sob o Sol da Liberdade, percorrendo as ruas do Centro Histórico de Salvador.
Nota divulgada à imprensa, informa que cerca de 1500 crianças e jovens participam da Escola de Dança da Funceb, em cursos preparatórios, técnicos e livres. Além disso, a celebração também ampliou as homenagens pelo bicentenário da Independência do Brasil na Bahia.
O desfile contou com 19 alas, focadas nos processos criativos e abertas à outras histórias. Cerca de 500 estudantes e professores dos cursos de dança, teatro, música, circo e artes visuais, participaram do evento.
“A Bahia é um estado tão grande quanto alguns países da Europa, e a gente tem 27 territórios de identidade. Então celebrar, fazer parte da educação dessas crianças, que estão aqui na escola de dança, é uma forma de saudar essa memória, essa cultura tão presente no nosso dia a dia, e sem esquecermos do passado, dessas histórias, reviver tudo isso no contexto artístico”, enfatiza Piti Canella, diretora geral da Funceb. Para ele o importante agora é retomar esse evento, após o último ocorrido em 2018. “Depois de seis anos com a cultura sofrendo, a gente quer aproveitar a alegria das crianças e celebrar um pouco com elas, reviver e mostrar que a vida pode ser alegre, festejada com o que a gente já tem, com o que somos e de onde vier” (Foto: Feijão Almeida/GovBa).
Lisset Neres, de 8 anos, aluna de aulas de danças na Funceb falou: “Eu fico muito feliz de saber que eu estou em um lugar que tem bastante cultura, que é o Pelourinho. E saber que eu estudo aqui me deixa muito realizada”, contou ela.
Outra aluna que também comentou sobre o significado do evento, foi Émile Daiana, de 17 anos, próximo a se formar em dança. “Esses eventos agregam ainda mais aos nossos conhecimentos e demonstra a cultura popular, a dança para os povos. O Cortejo ajuda a diminuir o preconceito com a dança africana, por exemplo”, disse.
Já a coordenadora do Curso Preparatório da Escola de Dança da Funceb, Rose Bárbara, destacou a importância de apresentar o cortejo nas ruas do Centro Histórico e a experiência dos alunos, no extra sala de aula. “Vivenciar esse espaço aberto é muito importante para o aluno, porque uma coisa é dançar na sala de aula, outra coisa é dançar dentro do teatro, outra coisa é você dançar para o público em um evento de grande esfera, que envolve toda a comunidade local, além de turistas. É uma experiência para aquelas crianças que têm o desejo de seguir na carreira artística”, ressaltou.
A coordenadora também explicou como o projeto foi idealizado “O cortejo, que já tem uma longa história na Funceb, foi pensado na faixa etária das crianças, que é de cinco a 10 anos e de 11 a 17 anos. Adaptamos as apresentações para essa caminhada pelas ruas do Pelourinho”, disse ao se referir sobre a inspiração em Sob o Sol da Liberdade, apresento no TCA (Teatro Castro Alves), dirigido por Márcio Fidelis e Eduardo Hunter (Foto: Feijão Almeida/GovBa).