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Lei 14.519/23: entidades de Matrizes Africanas de Cruz das Almas realizaram debates e caminhada

*Texto: Graça Sena – Fotos: Jheffeson Jheksom

Apesar da sua constituição étnica e cultural diversa, o Brasil tem sua história atravessada por desigualdades que se refletem exatamente nessa diversidade. E os mais afetados negativamente por essas desigualdades são os povos originários e os afrodescendentes.

A população negra, após anos de discriminação, ainda nos dias atuais é alvo de racismo e preconceito. Dentre as principais atitudes discriminatórias está o racismo religioso.

Uma ferramenta estratégica para o enfrentamento dessa atitude impensável nos dias atuais é a LEI 14.519/23, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Essa lei institui o Dia Nacional Das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, a ser comemorado anualmente no dia 21 de março [hoje].

Apoiados nessa lei, entidades de Cruz das Almas se organizaram com o intuito de combater toda e qualquer prática de intolerância e ou racismo religioso direcionados às culturas e tradições de matriz africana.

Cerca de vinte Terreiros de candomblé e centros de umbanda organizaram a Caminhada Adáhun [neste domingo 19], sob a coordenação da Associação Cultural e Beneficente Jálêci.

A Caminhada que percorreu as ruas do Centro e culminou com a realização de um xirê no coreto da Praça Senador Themistocles, teve o apoio da Fundação Cultural Galeno d’Avelírio em cuja sede aconteceram algumas falas sobre a importância da citada Lei e sobre a necessidade de organização para enfrentar o racismo.

Fizeram uso da palavra o babalorixá Sandro Ricardo e o advogado e Ogã Franklin Peixinho.

A caminhada do povo brasileiro prossegue em busca de um país livre do racismo e de todas as formas de discriminação.

*Graça Sena é Socióloga, escritora e membra da Academia Cruzalmense de Letras.

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