Em parceria com o MS (Ministério da Saúde), o governo baiano através da Sesab (Secretaria de Saúde da Bahia), inaugurou ontem (13), em Salvador, o Centro de Referência de Doença Falciforme do Estado. Com isso, o atendimento aos pacientes começa já a partir desta terça-feira (14).
No local, diversos tipos de serviços médicos serão oferecido para os pacientes com a doença, que sofrem por exemplo, com crises de dor e infecções recorrentes. “Inauguramos aqui uma parceria entre o governo da Bahia e o governo federal… queremos garantir exames e diagnósticos eficazes para prolongar e garantir a qualidade de vida da população”, disse Helvécio Magalhães, secretário de Atenção Especializada à Saúde, que representou a ministra Nísia Trindade.
A informação é de que o governo federal destinou cerca de R$ 3,4 milhões para a instalação do serviço.
Segundo o MS, o novo Centro “é um avanço para a região, uma vez que a doença falciforme é mais comum na população negra, que corresponde a 76,3% da população baiana. Entre 2015 e 2022, aproximadamente 6,6 mil crianças nasceram com a condição no estado da Bahia e, atualmente, precisam buscar acompanhamento em diferentes municípios da região“.
Para o Ministério, diagnóstico precoce é essencial para o tratamento da doença. Ele pode ser realizado com o Teste do Pezinho, exame gratuito realizado nas maternidades de todo o país durante a Triagem Neonatal. Também pode ser feito com o exame de eletroforese de hemoglobina.
Ainda de acordo com o MS, a anemia falciforme é uma condição genética que causa alteração na forma das células do sangue, a hemoglobina, comprometendo o transporte de oxigênio para o cérebro, pulmões, rins e outros órgãos. No Brasil, a estimativa é de que 8% da população negra esteja diagnosticada com a doença.


