“Vamos falar com o secretário-geral da ONU [Organização das Nações Unidas, António Guterres] e vamos pedir que a COP de 2025 seja feita no Brasil, na Amazônia”. Palavras ditas ontem (16), pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, durante participação na COP27, que está acontecendo no Egito. A ideia dele é propor a realização da edição 30 desse importante encontro, para a discussão sobre o clima global, seja no próprio território do chamado ‘Pulmão Verde’ brasileiro.
Apesar de ter se envolvido em polêmicas por ter aceitado viajar para o evento no país africano, em um jatinho de um empresário indiciado em 2014, Lula sugeriu que, se as pessoas querem discutir a Amazônia, nada melhor do que fazer isso, in loco.
“Acho muito importante que as pessoas que defendem a Amazônia, que defendem o clima, conheçam de perto o que é aquela região, para que as pessoas possam discutir a Amazônia a partir de uma realidade concreta e não apenas a partir de uma cultura através de leitura”. Ele acrescentou que, tanto o estado do Pará quanto o do Amazonas estão aptos a receber a conferência internacional, conforme noticiou a Agência Brasil.
Sugestão COP30
*Imagem: Reprodução/Redes Sociais
De acordo com as informações, nesta quarta-feira lá na COP27, governadores dos nove estados da região Norte, entregaram ao presidente Lula, uma carta de compromissos comuns do consórcio de Amazônia Legal. Segundo consta, foi do governador do Pará, Helder Barbalho, a sugestão para que a COP30 sea no Brasil.
“Faço um pedido em nome do Consórcio de Governadores e dos povos da floresta. Peço que ofereça a Amazônia para sediar a COP30, para que possamos levar o planeta a debater a Amazônia conhecendo a Amazônia. Para que, mais do que conhecê-la pelas redes sociais, pela distância dos livros ou do acesso à informação pelas redes, conheçam a Amazônia e o seu povo, com o pé no chão, olhando para nós, de frente, e construindo conosco uma Amazônia viva com sustentabilidade e com justiça social aos povos da Amazônia”, disse o governador.
Lula propõe ainda, que governadores e prefeitos possam trabalhar em comum acordo, para que o Brasil volte a conviver democraticamente com seus representantes, independentemente de partidos políticos e visões religiosas.
“Para acabar com a fome, com a miséria, com o processo de degradação que as florestas estão vivendo, com o sofrimento dos nossos indígenas, nós vamos ter de conversar muito e trabalhar juntos para que o Brasil seja motivo de orgulho ao mundo e não motivo de desespero como é hoje”.