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Cantores cobram valores astronômicos para se apresentarem em shows pagos por prefeituras

Um comentário sobre a Lei Rouanet feito por Zé Neto, parceiro de Cristiano, em um show em Sorriso (MT) acabou virando conversa sobre outra forma de incentivo menos discutida: os shows de prefeituras pelo Brasil. No fim das contas, a verba é pública, assim como na Rouanet“, assim o g1 inicia uma matéria publicada no último dia 19, que fala sobre os altos cachês pagos por prefeituras, para alguns cantore(a)s se apresentares em eventos promovidos em seus municípios.

Os argumentos das prefeituras para justificar os valores astronômicos (confira na arte abaixo) pagos à esses artistas, são as perspectivas de retorno econômico para seus respectivos comércios, com geração momentânea de emprego e renda.

Mas, o que cabe como reflexão, em situação como essa é: será que um empresário de uma cidade de porte médio para pequeno, contrataria um Gustavo Lima, por exemplo, pagando R$800 mil, para uma casa de shows e arriscar levantar essa grana apenas com a venda de ingresso (mesmo com apoio de possíveis patrocinadores), ou esse gordo cachê, só é cobrado porque os recursos saem dos cofres públicos?

O Acesse News não está aqui querendo precificar o trabalho de quem quer que seja. Mas será mesmo que vale pagar todo esse dinheiro por um show de 1h e meia à 2h, ainda que isso traga algum impacto positivo para a economia da cidade contratante, naquele momento?

Uma coisa é certa, enquanto prefeituras continuarem escancarando os cofres públicos, aceitando pagar valores absurdos para determinados artistas se apresentarem em seus eventos, eles continuarão ditando a regra do jogo, em relação a quanto cobrar. Mas a população do município, que no dia a dia reclama sobre a falta de médico, saneamento e emprego, por exemplo, de certa forma, também é responsável por esses ‘astros’ da música cobrarem esses cachês tão inflacionados, porque acabam lotando as praças para prestigiá-los (ao contrário do que faz quando a atração é da própria cidade), porém, no dia seguinte, volta a conviver com a sua dura realidade.

O g1 informa ter feito um levantamento de “apresentações recentes de 5 artistas sertanejos e 5 de fora do estilo e seus shows recentes mais caros com verbas municipais no interior do Brasil“. E acrescenta, “esses shows movimentam a economia local, geram empregos e reúnem multidões”.

Confira aqui a íntegra da matéria do g1, que traz também, um comparativo entre os critérios de contratação via Lei Rouanet e das prefeituras.

Valores dos shows

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