
*Por: Fernando Paiva
O reconhecimento facial ultrapassou a leitura de digital e se tornou o meio de autenticação preferido dos brasileiros de acordo com o IPSU Brasil, Índice de Percepção de Segurança e Usabilidade calculado por Mobile Time e Opinion Box na nova edição da sua pesquisa anual sobre identificação e autenticação digitais. Em um ano, a pontuação do reconhecimento facial subiu de 28 para 41 pontos, enquanto a da leitura de digital caiu de 41 para 33.
O IPSU Brasil é um índice que mede qual é o meio de autenticação preferido do brasileiro, considerando a sua percepção sobre segurança e usabilidade. A pontuação é uma combinação das respostas a quatro perguntas: Qual o meio mais fácil e confortável de autenticação?; Qual o meio mais difícil e desconfortável de autenticação?; Qual o meio mais seguro de autenticação?; e Qual o meio menos seguro de autenticação? Os percentuais das perguntas sobre o mais fácil e o mais seguro são contados como pontos positivos e aqueles das perguntas sobre o mais difícil e menos seguro são contados como negativos. A soma compõe o IPSU Brasil de cada meio de autenticação, com limite mínimo de -200 pontos e máximo de 200 pontos.

Reconhecimento facial avança, mas ainda tem resistência dos mais velhos
O reconhecimento facial agora é considerado o meio mais fácil e confortável pelo brasileiro, assim apontado por 32% da população. A leitura de digital caiu para o segundo lugar nesse quesito, com 24%. A popularidade do reconhecimento facial é maior entre mulheres (35%), jovens de 16 a 29 anos (39%) e pessoas das classes A e B (40%).
O reconhecimento facial continua sendo considerado o mais seguro e ampliou a distância para o segundo colocado. Em um ano, subiu de 30% para 35% a proporção de brasileiros que assim o apontam, enquanto leitura de digital caiu de 24% para 21%.
Entretanto, é verdade que parte da população se mantém resistente ao reconhecimento facial. 20% o citam como o meio mais difícil e desconfortável para autenticação, a maior proporção entre todos os métodos listados. A resistência parte especialmente da população de maior idade: 27% daqueles com 50 anos ou mais apontam o reconhecimento facial como o meio mais difícil e desconfortável de autenticação.
Reconhecimento de voz, senhas e código por WhatsApp
Por outro lado, o reconhecimento de voz é disparado o método com menor IPSU (-31), portanto, aquele que os brasileiros menos gostam, na combinação entre facilidade de uso e percepção de segurança. Para se ter uma ideia, 19% o consideram o meio mais difícil e desconfortável e 15%, o menos seguro.
Considerando apenas o quesito de segurança, a senha é percebida como o meio de autenticação menos seguro, citada por 24% dos brasileiros, seguida pelo recebimento de código por WhatsApp (19%). Quem mais rejeita as senhas é o público A e B (34%) e quem menos gosta de código por WhatsApp é o segmento com 50 anos ou mais (23%).
A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box sobre Autenticação e Identificação Digitais no Brasil entrevistou 2.003 brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone, entre os dias 5 e 24 de setembro de 2025. Trata-se de uma pesquisa com validade estatística e margem de erro de 2,2 pontos percentuais. O relatório se encontra disponível para download gratuito aqui.

Capa do relatório da pesquisa
Mais dados no Mobimeeting Finance + ID: o COO da Opinion Box, Felipe Schepers, vai apresentar mais dados da pesquisa em palestra no Mobimeeting Finance + ID 2025, evento que acontecerá dia 11 de novembro, no WTC, em São Paulo. A agenda completa e mais informações estão disponíveis em www.mobimeeting.com.br
*A ilustração no topo foi produzida por Mobile Time com IA

*Fernando Paiva é editor do Mobile Time.
*Conteúdos assinados são de responsabilidade dos próprios autores.