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Infertilidade e endometriose: especialista do Hospital HSANP explica como a doença impacta a saúde reprodutiva feminina

Sintomas como cólicas intensas, dor durante as relações sexuais e alterações intestinais podem ser sinais de alerta

*Por: Assessoria de Comunicação

Em junho se celebra o Mês Mundial de Conscientização da Infertilidade, data que chama a atenção para a importância dos cuidados com a saúde íntima e para o diagnóstico precoce. A infertilidade afeta cerca de 15% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é uma condição que pode atingir tanto homens quanto mulheres. Entre as causas femininas mais frequentes está a endometriose, doença ginecológica crônica que interfere diretamente na fertilidade e, muitas vezes, só é descoberta quando a mulher tenta engravidar.

A endometriose ocorre quando as células do endométrio, tecido que reveste o útero se deslocam na direção oposta à esperada durante a menstruação, se fixando nos ovários, nas tubas uterinas ou em outras regiões da cavidade abdominal.

Essas células continuam funcionando como se estivessem dentro do útero, inflamando e sangrando a cada ciclo menstrual. Essa inflamação constante pode causar aderências, obstrução das trompas e alterações na anatomia dos órgãos reprodutivos, dificultando o processo de fecundação. 

Segundo Ulisses dos Santos, Diretor do Hospital HSANP, é importante que as mulheres estejam atentas aos sinais. “A endometriose pode ser silenciosa, mas em muitos casos provoca cólicas menstruais intensas e frequentes, dor pélvica, dor durante a relação sexual, alterações intestinais e, principalmente, dificuldade para engravidar. Esses sintomas não devem ser ignorados”, explica. 

O especialista reforça que mulheres a partir dos 30 anos, especialmente aquelas que pretendem ter filhos, devem buscar acompanhamento médico. “Após os 35 anos, se houver tentativas de engravidar por mais de seis meses sem sucesso, o ideal é realizar exames específicos para investigar possíveis causas, como a endometriose”, orienta.

A identificação da doença pode ser feita por meio de exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a ressonância magnética da pelve, além do exame físico ginecológico. Em casos mais complexos, é indicada a laparoscopia, procedimento cirúrgico que permite visualizar diretamente a cavidade abdominal.
 

Existem três tipos principais de endometriose:

Endometriose peritoneal superficial: lesões no revestimento da cavidade abdominal;

Endometriose ovariana (endometrioma): presença de cistos nos ovários;

Endometriose infiltrativa profunda: lesões que invadem órgãos como bexiga e intestino, podendo comprometer também a função reprodutiva.

O tratamento varia conforme o grau da doença e os objetivos da paciente. “Para mulheres que desejam engravidar, o tratamento pode incluir controle hormonal para reduzir as lesões, cirurgia para remover aderências e, em alguns casos, técnicas de reprodução assistida. Cada caso é avaliado de forma individual”, explica o médico.

Estilo de vida e saúde reprodutiva

Além do tratamento médico, cuidados com o estilo de vida têm impacto positivo tanto no alívio dos sintomas quanto na saúde reprodutiva. “A prática de exercícios físicos, alimentação anti-inflamatória, controle do estresse, fisioterapia pélvica e até mesmo acupuntura podem ajudar a melhorar a qualidade de vida das pacientes e favorecer a fertilidade”, afirma o especialista.

Por outro lado, fatores como tabagismo, consumo excessivo de álcool, uso de drogas e obesidade são vilões da fertilidade e devem ser evitados.

O principal é não esperar. Muitas mulheres só descobrem a endometriose diante da dificuldade de engravidar. Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores são as chances de sucesso em um futuro planejamento gestacional”, finaliza Ulisses.

Sobre o Hospital HSANP: localizado no bairro de Santana, o HSANP é referência na Zona Norte de São Paulo (SP). Considerado um dos mais completos hospitais da capital paulista, é reconhecido por oferecer um atendimento humanizado e seguro aos mais de 12 mil pacientes que passam pela instituição todos os meses.

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