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SPM leva artes plásticas ao 2 de julho em homenagem às heroínas da Independência

*Por: Assessoria de Comunicação | Arte: Michele Dcrlhs

As heroínas da Independência do Brasil na Bahia, Maria Quitéria, Maria Felipa, Joana Angélica e a Cabocla, representada pela indígena Catarina Paraguaçu, serão homenageadas de um jeito único e especial pela Secretaria das Mulheres do Estado (SPM), nesta quarta-feira (2), durante o cortejo do 2 de Julho, da Lapinha ao Campo Grande. Elas foram retratadas em estandartes criados pelo artista Michele Dcrlhs.

Por meio da técnica de transmutação têxtil, marca registrada do artista, ele exalta a memória, a força e a resistência destas quatro mulheres na luta pela liberdade.

Michele, que se descreve como uma pessoa preta, trans, não binária e periférica, é a força criativa por trás da marca que leva seu nome. Sua arte é um elo entre escuta, memória e coletividade, transformando o que seria descartado em verdadeiras relíquias. “Meu trabalho se estrutura pela transmutação têxtil, que é mais que uma técnica: é um gesto de transformação simbólica e material transformar descarte em relíquia, vestir o futuro com o que seria esquecido“, afirma o artista.

Para a produção dos estandartes dedicados às heroínas do 2 de Julho, Michele utilizou sua técnica característica, que mescla patchwork, upcycling e a reconstrução de roupas a partir de sobras de materiais. O resultado são peças únicas, descritas por ele como “armaduras poéticas e afetivas, feitas com tempo, intenção e ancestralidade“, explica.

A inspiração para os estandartes brotou de um profundo encontro entre memória e sensibilidade. O artista conta que a história das heroínas do Dois de Julho o tocou profundamente.

Para dar vida a esse sentimento, o artista trabalhou com tecidos variados e, notavelmente, com estampas florais. A escolha das flores não é aleatória. Para o artista, elas carregam um simbolismo poderoso de resistência. “As flores são belas, cheirosas, fortes, mas também são arrancadas, pisadas, ignoradas. E ainda assim, resistem“, reflete

Ele traça um paralelo direto entre a natureza das flores e a resiliência das heroínas do 2 de julho. “Pra mim, as flores são como essas mulheres, nascem em terrenos duros, criam raiz, rompem a terra e desabrocham. O estandarte carrega essa força — uma homenagem não só às heroínas da história, mas também às heroínas do agora, que seguem florescendo todos os dias, mesmo quando o mundo tenta esmagá-las“, conclui.

A secretária das Mulheres do Estado, Neusa Cadore, disse que a arte de Michele traduz a potência e a inspiração necessárias sobre as heroínas do 2 de julho para as atuais e futuras gerações. “Os estandartes são de uma beleza e de uma sensibilidade tocantes. Traduzem de uma forma poética a diversidade feminina, a potência e a altivez de Catarina Paraguaçu, Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica. Estas peças são uma forma de reverenciar todas as mulheres que seguem fazendo história, nas quais devemos nos inspiram diariamente na luta por uma sociedade livre, democrática e com a garantia de direitos para todas as pessoas”, afirmou.

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