Nos últimos dias, uma parte da população de Maceió (AL), está vivendo sob tensão por conta de afundamento do solo que está ocorrendo no bairro do Mutange. Desde a última quarta-feira (29), a prefeitura decretou situação de emergência, ao ser notado um colapso em uma das minas do sal-gema, explorada pela petroquímica Braskem.
Segundo a Agência Brasil, essa situação já se arrasta desde 2018. Naquele ano, aconteceram afundamentos em cinco bairros e estima-se que cerca de 60 mil moradores tiveram que se mudar do local, abandonando suas casas.
O g1 publicou informações da Defesa Civil de Maceió, indicando que desde o dia 30, o solo na área afetada já afundou 1,87 metro.
De acordo com a Agência, a Braskem, responsável por 35 minas, confirma que pode ocorrer um grande desabamento da área, mas que também existe “a possibilidade de que o solo se acomode“.
O que é o sal-gema?
Diferente do sal comum que mais “usamos na cozinha, que é obtido do mar, o sal-gema é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano. Por esta razão, o cloreto de sódio é acompanhado de uma variedade de minerais“, destaca a publicação da AB.
O sal-gema também é comercializado no mercado para uso na cozinha. “Possui uma tonalidade rosa devido às características locais“.
Além disso, o sal-gema é considerado uma matéria-prima versátil para a indústria química. – É empregado, por exemplo, na produção de soda cáustica, ácido clorídrico, bicarbonato de sódio, sabão, detergente e pasta de dente, na fabricação de produtos de limpeza, de higiene e em produtos farmacêuticos.
De acordo com a publicação, em Maceió a exploração inicial do sal-gema era direcionada para a produção de dicloroetano, substância empregada na fabricação de PVC. Sua exploração depende de licenciamento ambiental e é fiscalizada pela ANM (Agência Nacional de Mineração). Para ser encontrado, é possível escavação de poços de até mais de mil metros de profundidade (Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas). Saiba mais, clicando aqui.
