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Pajubá Àse

Por uma cultura de PAZ e RESPEITO

*Por: Ìyá Márcia d’Ògún

O respeito impede que uma pessoa tenha atitudes reprováveis, autoritárias ou injustas em relação a outra. Respeitar não significa concordar plenamente com outra pessoa. Mas significa não discriminar, ofender ou impedir, que uma pessoa realize suas próprias escolhas.

Na nossa religião, CANDOMBLÉ, o RESPEITO é primordial, e ele vem associado à HIERARQUIA. Assim aprendemos com Nossos Ancestrais. Aqueles que não respeitam estão infringindo as leis do SAGRADO, seja qual for ELE!

Desde o início de construção do nosso país, quando os Nossos Ancestrais chegaram aqui na condição de escravizados, que a luta por RESPEITO é árdua e constante.

Por que essa herança ancestral é tão apreciada quando se trata da estética, culinária e musicalidade, mas não se respeita os herdeiros desse legado cultural e sua religiosidade?

Por que é tão difícil construir de forma sólida o RESPEITO A ESSE LEGADO ANCESTRAL E CULTURAL?

Nós não podemos esquecer que foram eles, Nossos Ancestrais (Reis e Rainhas, Príncipes e Princesas), arrancados do seu continente (África) e trazidos pra cá, na condição de escravizados, que construíram nosso país!

Vivemos num novo tempo, recuperamos muito do que julgávamos ter perdido definitivamente. E nesse processo, a FÉ no futuro foi revitalizada.

Transformamos o substantivo abstrato ESPERANÇA em verbo, e agora seguimos…ESPERANÇANDO que é possível e que faremos tudo para transformar as possibilidades em realidade. RESPEITAMOS E EXIGIMOS SER RESPEITADOS!

Somos fortes. Sigamos na FÉ e não percamos a ESPERANÇA. 🙏🏾 Tenhamos uma terça-feira abençoada por Bàbá Ògún.

*@Ìyá Márcia d’Ọ̀gún é Iyalorixá do Ìlẹ̀ Àṣẹ Ẹwà Ọ̀lódùmarè, um Terreiro de Tradição Ijexá, em Lauro de Freitas; Doutora Honoris Causa pela Faculdade Formação Brasileira e Internacional de Capelania e Ordem de Capelães do Brasil; Coordenadora da Renafro (Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde – Núcleo Lauro de Freitas); Membro da Renadir (Rede Nacional da Diversidade Religiosa e do Comitê InterReligioso da Bahia); Presidenta do Conselho Municipal de Política Cultural de Salvador; além de professora aposentada.

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