Atualmente exportada para 72 países, a cachaça brasileira bateu record de vendas, após queda durante a pandemia. O setor de produção da bebida que já mostrava recuperação ainda no ano passado, agora tem muito o que comemorar. O volume de negócio registrado em 2022 é de US$ 18,47 milhões. Maior valor dos últimos 12 anos e 54,74% superior a 2021. Os dados são do Ibrac (Instituto Brasileiro da Cachaça), do período de de janeiro a novembro.
A informação foi divulgada neste domingo (11), pela Agência Brasil, anunciando o levantamento do Comex Stat, sistema de dados de comércio exterior do governo federal.
O que chama a atenção, é que esses números surgem num período imediatamente após os piores picos da covid-19 e ainda superam as cifras da época antes da pandemia no mundo. De acordo com o levantamento, em 2019, por exemplo, a exportação da bebida rendeu US$ 14,60 milhões. Ou seja, US$ 4 milhões a menos que agora.
“Acho que isso se deve a um momento de retomada pós-pandemia. Apesar de termos tido um crescimento no ano passado, a volta efetiva dos bares e restaurantes trouxe um otimismo no mercado”, disse o executivo da Ibrac Carlos Lima, à Agência Brasil.
*Foto: Reprodução/Redes Sociais Ibrac

Em termos de valor exportado, os principais países são os Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Itália, França e Paraguai, diz a publicação. Entre eles, dois tiveram aumentos significativos na participação este anos, os quais nem estavam entre os principais nesse mercado: Portugal mais que dobrou sua compra e a Itália aumentou mais de 180% nas cifras.
Para o executivo, as ações de promoção da cachaça como um produto para exportação também contribuíram para o sucesso atual. O Ibrac e a Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações e Investimentos) realizam ações como fortalecimento da marca para promover o produto lá fora.
Segundo ele a micro e pequenas empresas, vêm sido inseridas para ter oportunidade no mercado internacional. “O Ibrac vem ao longo dos últimos anos investindo em ações de imagem da cachaça e promoção de oportunidade da cachaça. Empresas já investem há alguns anos no mercado internacional, e agora o país está desfrutando disso”, finalizou Lima.