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Bahia busca investimentos para Hidrogênio Verde, visando a produção de energias limpas

*Fotos: Mateus Pereira/GOVBA

A Bahia deu um pontapé inicial em busca de investimentos em energias renováveis, visando a substituição aos combustíveis fósseis no estado, com a implantação do Plano Estadual para Economia de Hidrogênio Verde na Bahia. O lançamento aconteceu nesta terça-feira (12), no Salão de Atos da Governadoria, com a presença do governador Rui Costa, secretários e empresários do setor.

De acordo com as informações divulgadas pelo governo, ontem mesmo já foi assinado o contrato para a elaboração de estudos para o desenvolvimento da economia do H2V (Hidrogênio Verde) no estado, numa parceria entre a SDE (Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado) e o Senai Cimatec.

Considerado a solução mais viável para eliminação de poluentes na atmosfera, a nível global, o hidrogênio verde é, segundo os especialistas, uma fonte de alta densidade energética e de carbono nulo, produzido a partir de fontes renováveis: eólica, solar, hidráulica, biomassa ou biogás.
Segundo as projeções da Agência Internacional para as Energias Renováveis – Irena, feitas em 2019, “a fonte poderá representar 18% de toda energia consumida globalmente e se tornará competitivo, em relação ao de origem fóssil, antes de 2025“.

Ainda segundo as informações, a eletrólise, processo químico que quebra as moléculas da água em hidrogênio e oxigênio através da eletricidade, sem emitir dióxido de carbono na atmosfera, é considerada uma das principais vias de produção do H2V. “Após a separação, o gás está pronto para ser distribuído para as indústrias“, asseguram os estudos.

Conforme esses dados, um outro processo que pode ser utilizado, é a gaseificação e reforma da biomassa com captura de dióxido de carbono (CO2), o que permite a produção dos e-combustíveis, sintéticos renováveis.

A nova vertente do Desenvolvimento da Bahia passará pela desfossilização da indústria brasileira, ou seja, substituir combustíveis de origem fóssil por combustíveis sintéticos, a partir de energia limpa com o hidrogênio verde. Para isso, o Senai Cimatec, que é o mais importante centro de tecnologia, vai avaliar este estudo e nos mostrar o caminho para traçarmos metas e atingirmos patamares ainda maiores no que diz respeito à produção de energia no estado”, afirma o secretário do Desenvolvimento Econômico, Paulo Guimarães.

Em sua avaliação, a secretária Estadual do Meio Ambiente, Márcia Telles enxerga a Bahia saindo na frente na busca de soluções que reduzam com urgência, a emissão de gás carbônico. “O que já sabemos é que estado da Bahia se consolida como um dos primeiros na produção de energia eólica e solar atendendo a todos os protocolos internacionais para a geração de um futuro sustentável“.

Grupo de trabalho

Criado por Decreto, em dezembro de 2021, um grupo de trabalho foi formado para que a Bahia tenha uma política de investimentos ligados ao Hidrogênio Verde. Esse time é formado por: Secti (Secretaria Ciência, Tecnologia e Inovação), a Sefaz (Secretaria da Fazenda), a Seinfra (Secretaria de Infraestrutura), a Secretaria da Casa Civil e o Senai-Cimatec, além das secretarias de Desenvolvimento Econômico e do Meio Ambiente.

O governo do estado já assinou um protocolo de intenções com a Unigel Agro, para implantação de uma unidade industrial de produção de H2V e Amônia Verde no Polo Industrial de Camaçari.

Competitividade e tecnologia

O “Empresa 4.0” e os Institutos Estaduais de Referência em Ciência e Tecnologia da Bahia (Incite), estão entre os projetos lançados nesta terça-feira. “Os dois somam com investimentos de mais de R$ 40 milhões. Já a Empresa 4.0 trata do incentivo à inovação e transformação digital nas empresas com atuação na Bahia. Isso significa aumento de produtividade e competitividade para 220 empresas de diferentes portes com uso de novas tecnologias”, afirma o governo.

Também ontem, aconteceu o lançamento do Programa Bahia Mais Competitiva, composto por 5 projetos e 14 subprojetos de inovação tecnológica em áreas como saúde, educação e desenvolvimento econômico.

De acordo com o informado, essas iniciativas serão geridas pela secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia.

Outros protocolos de intenções também assinados, entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e empresas interessadas na implantação de empreendimentos voltados para a geração de energia elétrica a partir de fontes eólicas e solar, bem como de unidades industriais voltadas para a fabricação de calçados, resinas plásticas e derivados de cacau.

E aqui nós lançamos mais editais, que podem ser feitos com o Senai ou com outros centros de pesquisa ligados às universidades e escolas de ensino técnico, incentivando o investimento na indústria 4.0 e em pesquisas de uso e aperfeiçoamento de cada setor produtivo.”, destacou o governador Rui Costa, ao explicar a importância dos atos para o futuro sustentável da Bahia.

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