No Dia das Mulheres, o Acesse News selecionou a história de uma indígena em homenagem à todas as demais
Para celebrar o Dia das Mulheres, comemorado nesta terça-feira (8), sem causar ciúmes entre tantas brasileiras incríveis, que poderiam ser destacadas aqui, sendo elas, fontes de inspirações para tantas outras que buscam um ‘norte’ para tocarem suas vidas, o Acesse News resolveu trazer o exemplo de uma mulher, que pode ser considerada a pioneira entre todas as demais, por vir de uma população, que na história deste país, foi a primeira a habitar este lugar.
Trata-se de Maria de Lourdes da Conceição Alves, conhecida como Cacique Pequena.
De acordo com algumas fontes pesquisadas pelo AN, ela foi a primeira mulher a se tornar cacique no Brasil. Pequena quebrou esse paradigma e foi nomeada em 1995, em um ambiente tradicionalmente chefiado pelos homens. Aspecto esse, que ela tem em comum, com outras mulheres de fora da sua etnia.
A tribo comandada por ele é a Jenipapo-Kanindé, que fica na localidade de Aquiraz, em Fortaleza (CE).
Atualmente ela está com 77 anos de idade. Desses, “27 são dedicados ao comando e à orientação da comunidade. Uma de suas principais conquistas foi a demarcação de terra para o seu povo“, revela uma publicação do g1.
O Google também a selecionou, numa homenagem prestada a tantas mulheres incríveis mundo a fora.

Pequena se encheu de orgulho ao ser reconhecida entra tantas guerreiras mundiais. “Estou muito feliz, sou a primeira Cacique mulher do Brasil e estou sendo reconhecida no mundo inteiro por essa homenagem feita pelo Google. Isso pra mim é muito importante, estar no meio das mulheres mais importantes do mundo, mulheres guerreiras, poderosas e que trabalham pelo seu povo. É uma grande honra e eu agradeço também ao Sesc por abrir espaço para nós, os povos indígenas”, declarou.
Lá no Ceará, o Sesc a homenageou também em 2020, trazendo um relato de sua trajetória. “Os índios tiveram reação, eles achavam que mulher, não era pra fazer o que eu fazia, né… junto com eles. Mulher só servia pra cama e pé de fogão. Mas eu tapei a boca deles…”, relatou ela.
Segundo informação no portal do Sesc, 129 famílias do município de Aquiraz são hoje reconhecidas pela Funai como indígenas, graças ao trabalho de Pequena. “Em 1995, fui à Brasília e tive a oportunidade de conversar com o presidente da Funai. Pedi que mandasse o povo dele na aldeia para fazer o estudo da nossa mãe-terra e de nós”. Dois anos depois vieram os antropólogos que concluíram: “Nós era índio sim!”, diz.
Dê um play e confira aí mais depoimento dela…