Ministério da Saúde compra 100 milhões de doses de vacina contra a Covid-19, para crianças de 5 a 11 anos
Desde a última quarta-feira (5), o MS (Ministério da Saúde) oficializou a inclusão de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos, no PNO (Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19).
Mas segundo a pasta, a imunização desse público, estimado em cerca de 20 milhões, não será obrigatória. Com autorização da Anvisa, o intervalo entre a primeira e a segunda dose, será de 8 semanas.
De acordo com o site do MS, um contrato foi firmado com a Pfizer, em novembro, para a aquisição de 100 milhões de doses do imunizante pediátrico ainda em 2022. O anúncio foi feito em Brasília, pelo ministro Marcelo Queiroga.
O ministro informou que sua decisão está em sintonia com outros países que também possuem um Sistema Universal de Saúde. E diz entender que as crianças brasileiras merecem um tratamento especial. Ele explicou que sua orientação está respaldada em estudos clínicos realizados por agências como: o FDA (Agência Reguladora de Medicamentos Americana), EMA (Agência Europeia de Medicamentos) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“Para atender essa demanda, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, já encomendou mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer. A previsão é que essas unidades sejam entregues no primeiro trimestre deste ano. Até o fim de janeiro, a estimativa é que 3,7 milhões de doses cheguem ao país. Já estão previstos três voos com 1,248 milhão de vacinas cada. O primeiro desembarcará no Brasil em 13 de janeiro, o segundo dia 20 e o terceiro dia 27“, diz a publicação.
As doses serão distribuídas de forma proporcional, para os estados e o Distrito Federal.
Recado aos pais
O ministro Marcelo Queiroga mandou um recado aos pais: “Quero me dirigir aos pais e mães dos brasileiros para dizer que o Ministério da Saúde fornecerá doses para todos aqueles que quiserem vacinar seus filhos”. A Pasta também cuidará para que as normas que foram sugeridas e que foram recomendadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em relação a aplicação da vacina sejam seguidas na ponta”, completou.
A orientação é que, antes da imunização, os pais ou responsáveis procurem orientação de um médico.
Segundo o site, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, chamou a atenção para a contaminação e os casos confirmados de Covid-19 em crianças nessa faixa etária e aferiu que a demanda de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por Covid-19 nesse público, representa 0,34% do total registrado de março de 2020 a dezembro de 2021, no Brasil.
Por sua vez, a secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, afirmou que a vacinação dessa turma será realizada por faixa etária, priorizando quem possui comorbidades, ou deficiências permanentes. “Os pais ou responsáveis têm que estar presentes, manifestando sua concordância com a vacinação“. Ela afirmou também, se caso haja ausência dos responsáveis, “a vacinação deve ser autorizada por um termo de consentimento assinado por eles, isso está disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”.