Ar-condicionados de veículos podem ter matado casal em São Paulo e outros jovens em Camboriú; casos acionam o sinal de alerta para o uso do equipamento
A morte de um casal dentro de um veículo com o ar-condicionado ligado, no último domingo (28), em São Paulo, chocou o país e acionou o sinal de alerta para o uso do equipamento.
Renato Dias (33) e sua esposa Bianca Alves (28), retornavam de uma viagem à Argentina e ao chegarem em Cajati, interior paulista, pararam sua Hyundai Tucson, em um posto de combustível, supostamente para descansar, conforme noticiou o Uol.
Segundo as informações, funcionários do posto desconfiaram do carro parado há algum tempo e acionaram a polícia. Quando os policiais acessaram o veículo, notaram o casal já sem vida. Por não haver sinais de agressão, a principal suspeita é de que a mote tenha sido causada por asfixia (Imagens: Reprodução/Redes sociais).
Em janeiro, outros jovens também tiveram morte semelhantes, dentro de um BMW, em Balneário Camboriú (SC). Assim como Renato e Bianca, eles também não tinam sinais de lesões.
A reportagem do Uol, assinada por Paula Gama, informa que a principal suspeitas das mortes, seja asfixia por monóxido de carbono (CO). “Trata-se de um gás incolor e inodoro produzido pela queima incompleta de combustível. Primeiramente, a substância pode causar mal-estar, confusão mental e sonolência até levar à morte por asfixia“, diz.
“Nos carros, o monóxido de carbono geralmente é gerado no motor e deve ser expelido com segurança pelo sistema de escape. Mas algum defeito pode acabar levando esse ar para dentro da cabine por meio do ar-condicionado. No caso do BWW 320i de Balneário Camboriú, a polícia identificou que houve uma modificação no sistema de escapamento para deixar o carro mais esportivo – ainda não sabemos se algo do tipo também foi feito no Hyundai Tucson do casal de São Paulo“, prossegue a matéria.
Ainda de acordo com a publicação, – defeitos mecânicos causados pela falta de manutenção do veículo também podem gerar o vazamento do gás. É o caso de furos ou corrosão no escapamento; conexões frouxas ou danificadas; problemas no conversor catalítico – responsável por converter gases nocivos em gases menos prejudiciais antes de serem liberados para o ambiente – e até mesmo no motor, que deixa de queimar completamente o combustível, aumentando a produção de monóxido de carbono.
A reportagem ouviu o engenheiro mecânico André De Maria (do Autocentro Confiar), que explicou: “Se houver um vazamento, o ar-condicionado pode levar aquela atmosfera poluída para dentro do carro. Também há alguns espaços para a passagem de cabos no painel corta-fogo, que, se não estiverem bem vedados, como pode acontecer em carros mais rodados, podem permitir a passagem do ar contaminado“. Confira a matéria na íntegra, clicando aqui.