Uma árvore desenvolvida através de enxertos, pelo artista norte americano Sam Van Aken, produz cerca de 40 frutas diferentes, na mesma época. Entre elas: amêndoas, ameixas, cerejas , damascos, nectarinas e pêssegos. A planta foi apelidada como “Frankenstein”.
Segundo as informações, as 40 espécies produzidas, só são possíveis por serem geneticamente semelhantes. “Pertencem ao gênero Prunus e possuem o mesmo tipo de estrutura cromossômica“, publicou o g1, neste sábado (14).
A publicação diz ainda que o método usado por Aken, para a planta gerar essa quantidade de frutos, foi a enxertia, técnica milenar chinesa. “Ela (árvore) enche os olhos pela excentricidade, mas a enxertia é milenar e usada no cotidiano para a produção de mudas“, explicou João Alexio Scarpare Filho, professor de e Produção Vegetal ESALQ/USP, ouvido pelo portal.
De acordo com a postagem a enxertia é usada para o melhoramento genético e consiste em conectar parte de uma planta (da mesma espécie ou não) em outra, para que ela se desenvolva de uma única vez. Com isso, a árvore receptora fornece nutrientes e água, para a planta enxertada.
“Também não é qualquer espécie que aceita o enxerto. No caso da árvore de 40 frutos, o artista deve ter usado um pessegueiro como receptor, que aceita um número maior de combinações“, afirmou Scarpare.
A informação é que a borbulhia é a forma mais comum de fazer a enxertia. Onde, um pedaço da casca da planta ‘matriz’ (que será reproduzida), é retirado e encaixado na espécie receptora, da qual, também é removida uma parte da casca, deixando o câmbio (camada entre a superfície e a medula do tronco) exposto.