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Emoção e discursos fortes, marcaram a cerimônia de transmissão de cargo da reitora da UFRB

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Discursos que simbolizaram os momentos de lutas, resistências e conquistas, marcaram a cerimônia de transmissão de cargo da nova reitora da UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), professora Georgina Gonçalves dos Santos, nesta quinta-feira (14), no auditório da Biblioteca Central, do Campus Cruz das Almas.

Escolhida de uma lista tríplice do CONSUNI (Conselho Universitário) da UFRB, em reunião ocorrida em 18 maio, Georgina é a primeira mulher a assumir a Reitoria da UFRB. Com um mandato que vai até 2027, ela substitui o professor Fábio Josué, que foi empossado, agora como vice-reitor da instituição.

Autoridades, representantes institucionais e o público em geral, maracaram presença, lotando o espaço reservado para o evento.

Entre as autoridades, o governador Jerônimo Rodrigues, ele que também foi aluno e professor da universaidade, nesse mesmo campus quando ainda era UFBA (Universidade Federal da Bahia), compôs a mesa ao lados do ex-reitor Fábio Josué, da estudante Víviam Karem, do auiliar administrativo Antônio Bonfim Moreira, do professor José Beltrão, além da própria reitora.

Emocionada, professora Georgina iniciou o seu discurso com a leitura de um poema e em seguida, fazendo agradecimentos especiais e ressaltando sua trajetoria. Confira um trecho.


Shows musicais, filarmônicas e participações especiais, homenagearam a nova reitora
. E os demais componentes da mesa, também discursaram.

Hoje, está aqui celebrando e reafirmando o lugar da professora Georgina, que, para além de reitora, também é minha professora… é o Estado Democrátco de Direito sendo efetivado, e é histórico“, disse Víviam Karem, estudante do curso de Serviços Sociais.

Antônio Bonfim Moreira, auxiliar administrativo e representante sindical, descreveu o que representa a posse da reitora: “[… é por melhores condições de trabalho, em turno contínuo, para todos e todas indistintamente, é contra o racismos e os racistas, é contra o assédio moraral e outras oopressões no interior das instituições federais de ensino superior, é pelo trabalho sem prejuízo aos trabalhadores, é pela implementação do Programa de Gestão e Desempenho (PGD UFRB), em defesa de servidores e serviços públicos, é pela realização de concursos públicos, é pelo fortalecimento da democracia, é contra o fascismo…]”.

Já o professor José Beltrão, fez referência ao impedimento do presidente Jair Bosonaro à posse da professora Georgina, em 2019. “Eu considero que hoje é um dia histórico. Evidentimente que toda posse de cerimônia de transmissão de cargo de reitor, é um dia importante para a instituição. Mas este é diferente. Diferente porque é inevitável e até mesmo necessário rememorrar o que ocorreu há quarto anos, quando o desejo dessa comunidade foi inelizmente desrespeitado. Quando a autonomia da nossa universidade foi violentamente atacada…”.

O ex-reitor Fábio Josué, desabafou: “[… em 2019 quando coloquei meu nome à disposição do CONSUNI (Conselho Universitário), para compor a listra tríplice, a nossa expectativa e de toda a comunidade acadêmica, era termos a nomeação da professorra Gina. Consagrada pela consulta informal pela comunidade por 80% dos votos e referendada no Consuni. A expectativa pela nomeação, dava-se não só pela expressiva votação que a reitora teve e por tudo que ela representa enquanto liderança acadêmica, dessa Universidade, mas também, pela tradição do governo brasileiro, de respeitar a vontade da comunidade acadêmica. Mas a vontade da maioria foi desrespeitada e a nossa autonomia, afrontada violentamente…]”. E finalizou ressaltando: “[…dizer professora Gina, que tô feliz de estar com você nessa caminhada, nesse temdo de reconstrução democrática, para que a gente possa fazer essa Universidade avançar e se tornar cada vez mais inclusiva, cada vez mais impactante na vida de pessoas e territórios nesse Recôncavo…]”.

Governador Jerônimo Rodrigues: “Nessa tarde de hoje o sentimento nosso, é pelo menos o sentimento de duas transições. 1- um momento difícil que esta Universidade e que o Brasil passaram, simbolizado aqui hoje nessa posse. Não foi só a UFRB. Não foi só a professora Gina e os nossos sonhos, que foram traídos. O Brasil foi traído. E quem dera nós podessémos dizer que a esperiência vivida,, servirá para a gente pedir ao Brasil que aprenda. Não dá para agende reconhecer que foi importante pra a gente tomar a pancada, a queda e o coice, para a gente poder levantar. Depois uma transição, muito importante também, professora Gina, de duas naturezas: a primeira, com esta instituição, com esta Universidade. E depois, nós não podemos abrir mão, porque às vezes quando a gente assume um lugar, para representar um projeto, a gente não pode ser ‘engolido’. E nós acompanhamos o quanto foi dolorido para a Universidada, para nós e para a senhora…]”.

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