Doze anos depois do acidente nuclear de Fukushima Daiichi, causada por um tsunâmi, o governo japonês vive um drama para tentar despejar as águas residuais da usina no mar. A tragédia de 11 de março de 2011, ocorreu a partir do derretimento de três dos seis reatores da usina.
As informações são de que o país asiático teve aprovação da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), para lançar no Oceano Pacífico cerca de 1 milhão de toneladas de águas residuais tratadas, que estão armazenadas em tanques gigantes criados à época. A ideia é que esse processo seja executado ao longo dos próximos 30 anos.
Segundo a BBC Mundo, a agência afirmou na última terça-feira (4) que o plano apresentado pelo Japão, há dois anos, atende aos padrões internacionais. O parecer da AIEA foi dado após analisar o projeto da Tepco, empresa de eletricidade que opera Fukushima.
Rafael Grossi, diretor da AIEA, ligada às Nações Unidas, no entanto, afirma que o plano trará um “impacto radiológico insignificante para as pessoas e para o meio ambiente“.
A publicação da BBC informa que desde o desastre o Japão tem bombeado água para resfriar os reatores nucleares de Fukushima. “Com isso, a usina produz diariamente água contaminada — aproximadamente 100 m³ por dia —, que depois passa por tratamento e é armazenada em tanques gigantescos“.
Ainda de acordo com a matéria, “trítio e o carbono-14 são, respectivamente, formas radioativas de hidrogênio e carbono. É difícil separá-las da água“.
Países vizinhos como China e Coreia do Sul têm opiniões opostas. Enquanto Pequim exige que o Japão chegue a um acordo com instituições internacionais, os coreanos, que segundo a postagem, tem interesse em fortalecer seus laços com os japoneses, diz respeitar as conclusões da AIEA.
Por outro ado, a ONG Greenpeace, por exemplo, e especialistas ouvidos pela BBC demonstram preocupações. “Vimos uma avaliação inadequada do impacto radiológico e ecológico. Estamos preocupados não só com o fato de o Japão ser incapaz de detectar o que está jorrando na água [do mar], nos sedimentos e nos organismos, mas também, se isso acontecer, de ser incapaz de remover isso [o material contaminado]. Não há como colocar o gênio de volta à garrafa“, explicou o biólogo marinho Robert Richmond, professor da Universidade do Havaí. Confira a matéria completa no portal, clicando aqui.