“A Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) recebeu com surpresa o texto da proposta de Reforma Tributária apresentado nesta quinta-feira, 22, que não incluiu a isenção de tributos para alimentos básicos…”, foi assim que a diretoria da Abras reagiu ao ser informada sobre o projeto que tramita no no Congresso, segundo nota publicada no site da entidade, no último dia 23.
De acordo com a Agência Brasil, pelos cálculos da associação, a reforma apresentada pode provocar um aumento de 59,83%%, em média, nos impostos que compõem a cesta básica e itens de higiene. A informação é de que neste sábado (1º), o presidente da entidade João Galassi, se encontrou em São Paulo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir os impactos da reforma sobre o setor.
A Abras considera que o tema e uma necessidade de primeira ordem que precisa ser analisada de maneira mais aprofundada nos debates sobre o sistema tributário brasileiro. “A reforma em discussão no Congresso não pode prejudicar justamente os consumidores que mais serão impactados em caso de aumento da tributação de itens da cesta básica“, diz a associação.
Conforme apurou a Agência, os estados da região Sul serão os mais afetados, pois terá um aumento médio na tributação de 93,5%. Já as regiões Centro-oeste e Sudeste aparecem respectivamente com previsão de alta de 69,3% e 55,5% e as regiões Norte e Nordeste, poderão chegar a 40,5%, 35,8%.
Pelo levantamento, os produtos mais afetados serão: arroz, feijão, carnes ovos, legumes, entre outros.
“A possibilidade de haver encarecimento de produtos básicos já havia sido antecipada por especialista ouvido pela Agência Brasil. O texto relativo à reforma tributária tem como foco a simplificação e unificação de tributos sobre o consumo e a criação do Fundo de Desenvolvimento Regional, com montante de R$ 40 milhões, para destinar verba a projetos de estados com menos orçamento. O relator da matéria, que deve ser votada na Câmara dos Deputados esta semana, é o parlamentar Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)“, informa a AG.
Segundo a Agência, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, rebateu os números da Abras. Para ele, o patamar de tributos que incidem sobre a cesta básica deverá permanecer o mesma que existe atualmente. Clique aqui e confira a matéria da AB.