Gravidez, falta de condições, trabalho e falta de interesse: pesquisa mostra porque jovens brasileiros param de estudar
Uma triste realidade que já é conhecida no Brasil, ganha números cada vez mais estarrecedores a partir de uma pesquisa realizada pelo Sesi/Senai (Serviço Social da Indústria/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com o Instituto FSB Pesquisa. Na população jovem brasileira, após os 16 anos de idade, “apenas 15% estão em salas de aula”.
”Os dados são fortes. Só 15% da população atualmente estuda. É claro que, na idade escolar, o número sobe para 53%”, afirmou Rafael Lucchesi, diretor-geral do Senai e diretor-superintendente do Sesi.
57% da pessoas que estudavam, revelaram ter abandonaram a sala de aula por não falta de condições. 47% disseram ter interrompido os estudos, por necessidade de trabalhar .
Lucchesi também afirmou que “um número muito alto de pessoas deixa de estudar por falta de interesse na escola que, muitas vezes, não tem elementos de atratividade para os jovens e certamente esses números se agravaram durante a pandemia”.
Segundo publicação da Agência Brasil desta sexta-feira (26), a pesquisa mostra que apenas 38% dos jovens que não estão estudando atualmente, tiveram a escolaridade que gostariam. “18% dos jovens de 16 a 24 anos, deixaram de estudar por gravidez ou o nascimento de uma criança. A evasão escolar por gravidez ou pela chegada de um filho é maior entre mulheres (13%), moradores do Nordeste (14%) e das capitais (14%) – o dobro da média nacional, de 7%., diz a matéria.
Na avaliação dos pesquisados, 23% consideram a ensino pública ruim ou péssima e 30% a acham que é ótima ou boa. Já a educação privada, 50% aponta como boa ou ótima.
O levantamento foi realizado com uma amostra de 2.007 pessoas, nas 27 unidades da federação, entre os dias 8 e 12 de dezembro de 2022.