Beyoncé: conheça as histórias e inspirações de alguns dos looks usados em sua turnê
Misturou arte e moda na mesma proporção
*Por: Camila Souza
Com a divulgação do álbum “Renascence”, a diva do pop Beyoncé estreou a sua turnê “Renaissence World Tour“, nesta quarta-feira (10), no Estocolmo, na Suécia. No entanto, um dos maiores comentários foi a respeito das trocas de looks feitas pela cantora, que trouxe como referência, diferentes marcas famosas, dentre essas: Anrealage, Balmain, Courreges e Loewe.
As produções foram inspiradas nos anos 80 e 90 com referências à cultura ballroom, caracterizando-se como um movimento pela luta da diversidade de raça, gênero e sexualidade. Como também um referencial a clubber, disco ball, e a estética futurista, formalizando uma conjuntura de alta costura e glamour.
De fato, o que mais impressionou foi a mistura de moda e arte nas roupas, com efeitos holográficos, metalizados, brilhantes e até mesmo com a técnica inovadora do fotocromismo, que teve como intuito usar raios UV, para transformar a cor de um casaco inicialmente branco, mas que logo em seguida, ganhou uma estampa colorida.
Outra customização utilizada pela cantora foi o body Courreges customizado, que trazia um espelhado na cintura da artista. Segundo a Beyhive (o fandom da cantora), o espelho tinha intenção de permitir que seus fãs se vissem refletidos, trazendo uma alusão a importância deles durante a sua carreira.
O espetáculo tornou-se uma atração de exposições artísticas. O macacão com brilhantes dourados, que tinha como intuito homenagear a pintura do quadro “Renascimento de Vênus”, trazendo na tela uma mulher nua, com as mãos a esconder suas partes íntimas despida. Um dos objetivos da cantora, foi trazer essas características sem pudor, destacando suas curvas.
De modo geral, todas as vestimentas cênicas, performaces, teatralização das danças, e as construções dos trajes, são uma junção da arte. A maneira pela qual foi muito bem usada as formulações, através da representatividade da cultura ballroom, deu voz aos públicos que são incluídos nessa luta pela diversidade e que por vezes são inviabilizados. Além disso, a forma como foi projetado cada alusão, trouxe um espetáculo de equilíbrio entre a moda e a arte, duas atuações de peso na sociedade, que explorados, tiveram o poder de ressignificação em uma das turnês mais esperadas do mundo.
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*Camila da Silva de Souza (@cs.camila_), é estudante de jornalismo, cursando o segundo semestre pela UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – campus Cachoeira). Em colaboração para o Acesse News.
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