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Enfermeira nega ter aplicado vacina contra Covid-19 no ex-presidente Bolsonaro

A investigação da PF (Polícia Federal), que apura a suposta fraude no caso da vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já prendeu seu ex-ajudante de ordens, Coronel Mauro Cid, parece ganhará novo capítulo. A enfermeira cujo nome aparece no cartão de imunização de Bolsonaro e a filha dele, disse não ter aplicado nenhuma dose da vacina. “Eu desconheço tudo isso“, disse Silvana de Oliveira Pereira, de 36 anos, à Revista Piauí.

Ela e outro enfermeiro que também teve seu nome em outro cartão de vacinação, serão ouvidos nos próximos dias pela PF, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Superior Tribunal Federal), na Operação Venire, deflagrada nesta quarta-feira (3).

Segundo a Piauí, a técnica de enfermagem Silvana de Oliveira, trabalha na Unidade Pré-Hospitalar do Pilar, em Duque de Caxias-RJ, na Baixada Fluminense. Porém, ela é da área de emergência do hospital e não mais do setor de imunização, onde atuou até 2021. Mas naquela sexta-feira, 14 de outubro de 2022, data da suposta vacinação do ex-presidente e sua filha Laura Bolsonaro, é o nome dela que aparece como a vacinadora de ambos.

Seu nome, no entanto, foi envolvido no esquema criminoso que supostamente teria beneficiado o ex-presidente Jair Bolsonaro e a filha Laura Bolsonaro com a emissão de um certificado de vacinação contra a Covid – e que seria, de acordo com a investigação da Polícia Federal, parte de um plano para facilitar a entrada deles e outros auxiliares do ex-presidente nos Estados Unidos“, informa trecho da matéria.

A publicação diz que de acordo com dados obtidos pelos investigadores, no RNDS (Sistema da Rede Nacional de Dados em Saúde), Silvana teria aplicado em Jair Bolsonaro uma vacina da fabricante Pfizer, lote FP7082, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias, no dia 14 de outubro do ano passado. “O registro, porém, é falso, segundo a PF“.

À Piauí, a técnica de enfermagem afirmou que na época, já não aplicava mais vacinas. E que só atuou na vacinação da Covid, em 2021, quando trabalhava numa UPA (Unidade de Pronto Atendimento). “Trabalho na prefeitura há alguns anos e não estou entendendo nada“, disse a profissional, lamentando ter seu nome envolvido no escândalo.

Além dela, outra pessoa que aparece no Sistema da Rede Nacional de Dados em Saúde como tendo aplicado a vacina em Jair Bolsonaro é Diego da Silva Pires, de 36 anos, também morador de Duque de Caxias. De acordo com os dados lançados no sistema, Diego Pires teria aplicado no então presidente uma dose da vacina Pfizer-Cominarty, lote PCA0084, em 13 de agosto de 2022, também no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias”, informa a Piauí, que disse ter entrado em contato com ele por mensagem de WhatsApp, mas Diego apenas responde: “não sou médico“, bloqueando o contato logo depois. Confira a matéria completa, clicando aqui.

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