MODA e BELEZA

Moda inclusiva na passarela: modelo expressa ousadia e atitude ao desfilar com look transparente em forma de representatividade

*Por: Camila Souza

A modelo Dandara Queiroz chamou a atenção no desfile da Isabel Vieira, por expor os seios com um look de tela transparente e pequenas pedras brilhantes.

Queiroz [Foto: Redes Sociais] que é de origem indígena, Tupi-guarani, trouxe através do seu espaço na passarela, originalidade e muito mais do que isso. Ousadia de expressividade na identidade. O intuito maior foi demonstrar suas raízes na representação de mulheres das aldeias. A modelo conta que “é muito triste ver o apagamento da nossa cultura. A gente que frequenta a aldeia e convive com mulheres admiráveis, vê que realmente a maldade está nos olhos de quem vê“. 

Nessa perspectiva de essência, Dandara foi destaque e recordista do São Paulo Fashion Week 2023. E além disso, estrelou a capa Vogue.  

A atuação da moda como forma de incluir as mulheres indígenas, foi essencial, tanto para representatividade, quanto para o não ‘apagamento da sua cultura‘, demonstrando que moda é além do que simplesmente os olhos vêm. Ela verdadeiramente informa a partir do que transmite. E é isso que dá sentido ao visual.

Essa demonstração é a recorrência do verdadeiro sentido de liberdade. Ressaltando o poder do NÃO à objetificação do corpo, não só da mulher indígena, mas também do feminino em geral e dos olhares obscenos, independente da peça escolhida para ser usada. Diante disso, antes da moda ser visual, ela é informativa, comunicacional e identitária.

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*Camila da Silva de Souza (@cs.camila_), é estudante de jornalismo, cursando o segundo semestre pela UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – campus Cachoeira). Em colaboração para o Acesse News.

Os textos assinados, são de responsabilidade de seus autores.

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