*Editorial – Por: Dell Santana
Entra ano, sai ano e as fortes chuvas que caem, principalmente em metrópoles como São Paulo, continuam causando estragos e mortes. Mais um exemplo disso, foi o que ocorreu nesta terça-feira (14), com alagamentos em vários pontos da cidade, deixando parte do município em estado de alerta para o transbordamento de rios e córregos.
O Corpo de Bombeiros informou que recebeu 8 chamados para enchentes e 7 para queda de árvores. De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências – da prefeitura), o Rio Verde em Itaquera (Zona Leste), transbordou deixando os moradores assustados. Não estão descartados mais alagamentos, rajadas de vento e transbordamentos de rios e córregos.
Desde domingo essa chuva também vem causando preocupação para os moradores de Salvador, na Bahia. No Rio de Janeiro, o Centro de Operações da Prefeitura chegou a informar que o município entrou em Estágio de Atenção no último sábado (11). Nessas metrópoles, as camadas mais afetadas são as que residem nas periferias, sofrendo com o medo de desabamento, especialmente aquelas que constroem suas casas e ou barracos, nos morros.
As responsabilidades para tragédias como essas que se repetem todos os anos, nessas cidades, são das autoridades por falta de investimentos preventivos; e também de parte da população que descartam vários tipos de lixos e entulhos pelas ruas.
As ações dos lixos jogados nas ruas provocam entupimentos das canalizações dos esgotos e assoreamento dos rios existentes nos entornos das cidades, causando enchentes. Já a falta de planejamento e investimento dos gestores públicos, resulta em tragédias que poderiam ser evitadas ou amenizadas, se o dinheiro fosse aplicado em obras, principalmente nas regiões de encostas, por exemplo.
Essas chuvas, já sabemos, são fenômenos naturais inevitáveis. Seus efeitos, no entanto, dependem das nossas ações, enquanto seres humanos conscientes de nossas responsabilidades.
A referência aqui às grandes cidades, são por toda a complexidade administrativa, populacional e de equipamentos que as envolvem. Mas, a preocupação, vale para todos os centros urbanos, independente de seus tamanhos.
Informações da Agência Brasil, são de que, na capital paulista por volta das 16h45 de ontem, alagamentos bloquearam o trânsito de veículos, em pelo menos, cinco pontos de quatro vias em áreas diferentes da cidade: Avenida Itaquera, Avenida Pompeia, Rua Venâncio Aires e Avenida Marquês de São Vicente.
Quase no início da noite a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), registrou lentidão e trânsito parado em 663 quilômetros das vias urbanas. A região Oeste, foi considerado o pior trecho, com 248 km de lentidão.
Para esta quarta-feira (15), o Centro de Gerenciamento indica uma diminuição da chuva. Mas o solo encharcado ainda mantém alta probabilidade para a ocorrência de alagamentos e deslizamentos de terra.
*Dell Santana, é graduado em Comunicação Institucional (Faculdade Sumaré – SP), editor do Acesse News e filiado a ABI (Associação Baiana de Imprensa).