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As condições do Mercado da Carne em Cruz das Almas: feirantes reclamam sobre a demora da reforma

Carnes são comercializadas encima de bancadas velhas, enquanto os comerciantes esperam ansiosos pelo espaço novo

Nesta sexta-feira (10), está completando exatamente 1 ano, 1 mês e 10 dias, da reunião entre os proprietários de box do Mercado Municipal da Carne/Peixe e representantes da Prefeitura de Cruz das Almas, no Recôncavo da Bahia. O encontro para discutir os detalhes do projeto Tá Legal, a revitalização das estruturas daquele centro comercial e a formalização dos profissionais que comercializam seus produtos por lá, aconteceu no dia 10 de janeiro de 2022, na Biblioteca Carmelito Barbosa Alvas.

Segundo alguns feirantes ouvidos pela reportagem do Acesse News (que optaram não se identificar), na reunião ficou estipulado o prazo de seis meses para a reforma, que teve início em abril do ano passado. Pelos cálculos, a entrega deveria ter ocorrido em outubro. Mas, até o momento não aconteceu.

Enquanto isso, as carnes consumidas pela população ficam expostas em ambiente não muito bem higienizado. Pela circunstância, Infraestrutura que é uma das secretarias mais atuantes na atual gestão, precisa dar mais cerelidade a obra.

De acordo com informações, para não precisar transferir os feirantes para outro espaço, as secretarias envolvidas na requalificação do prédio (Fazenda, Limpeza Pública e Infraestrutura), decidiram realizar os serviços em duas etapas. Enquanto funcionários trabalham numa metade do estabelecimento, na outra metade, os comerciantes vendem seus produtos.

Desde o período das eleições isso aí [a obra] ficou parada, só retornou agora em janeiro“, revelou uma das pessoas que tem um box no local. “Olha as condições que a gente vive aqui. Nós não somos cachorro não”, desabafou uma outra.

Os comerciantes também esperam contar com linha de crédito para comprar balcões e freezers novos. “Na gestão passada, a gente pediu um crédito para comprar balcão novo, o ex-prefeito negou“, disse um deles.

Há quem reconheça, faltar mais união entre eles próprios, para reforçar as reivindicações da categoria junto ao poder público.

A reportagem apurou também, que pelas condições atual do ambiente, o número de cliente tem diminuído nos últimos meses. Foi informado ainda, que vários empreendedores desistiram do negócio. “Uns por falência, outros por desânimo“, lamentou a fonte.

Perguntado se algum político da cidade faz compras no local, o comerciante foi enfático: “eu nunca vi. Só passam aqui no período das eleições“.

Desde janeiro deste ano, a reportagem esteve pelo menos umas cinco vezes no referido mercado, em dias e horários diferentes, também não encontrou nenhuma dessas autoridades por lá.

O Acesse News entrou em contato com o secretário de Infraestrutura, Edson Ribeiro para saber o prazo de entrega da fase inicial da obra, bem como, o planejamento para a reforma dos outros dois mercados centrais e o da Coplan, conforme consta do projeto anunciado pela prefeitura. Até a publicação da matéria, ele não deu retorno.

Aliás, alguns secretários do município têm se negado a responder perguntas do Acesse News. Uma das prerrogativas do jornalismo sério e imparcial, é sempre procurar ouvir as partes envolvidas nas ações.

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