*Editorial – Por: Dell Santana
Para alguns talentos dessa nova geração de músicos e cantore(a)s, especialmente da música nordestina, que acham que tem o ‘rei na barriga’, sinto desapontá-los, mas, o verdadeiro Rei, era um cara simples. É verdade que ele causava um certo reboliço a quem o tentava desafiar. Mas sim, era um cara de origem humilde que foi à luta pelo seu sonho e tornou-se um ícone mundial. Então… viva Gonzagão. Se vivo ainda estivesse, estaria completando hoje, 110 anos.
É bem verdade que são épocas distintas. A galera de hoje, é pautada no imediatismo. Imersa e às vezes, perdida em tanta tecnologia, quer atingir o sucesso apenas em um clique. Mas infelizmente, para uma grande maioria, nem sempre acontece.
Humildade e persistência. Essas talvez sejam duas das principais característica para quem deseja chegar ao topo do sucesso. Porém, ao contrario do eterno Rei do Baião, alguns desses novos artistas da música, às vezes arrotam arrogância, porém, têm medo de sair de seus rincões, para encarar os desafios da cidade grande. Receber porta na cara, ouvir não, etc e tal… mas, seguir sem recuar.
Não me odeiem por ter a iniciativa de escrever sobre essa realidade. Ao contrário, ainda que lá na frente não queiram reconhecer ou serem gratos, inspirem nesse, digamos assim, ‘puxão de orelha’, no melhor dos sentidos, para entender que se quiserem realmente ser um artista de sucesso, é preciso cortar os cordões umbilicais do conforto das casas de seus pais e também, desapegar-se de ‘apadrinhamento’ político, para ter coragem de ir à luta.
O Velho Lula, bem jovem meteu o pé na estrada. E isso em uma época que ao contrário de hoje, nem precisa dizer o quanto as coisas eram bem mais dificeis. Detalhe… ele era analfabeto. Mas era um gênio e acreditava nisso.
E além da inteligência e talento que Deus lhe deu e que também herdou dos pais, ele também era esperto e persistente. Não era individualista. Sempre procurava cercar-se de pessoas agregadoras. E através dessas parcerias, virou quem virou. Quebrando paradigmas e preconceitos.
Foto: Acervo/José Dantas
Será existe por aí, algum(a) forrozeiro(a) e até de outros gêneros musicais brasileiros, que se atreva a dizer que nunca bebeu dessa fonte denominada Gonzaga?
Bom, eu só quis fazer esse preâmbulo, por dois motivos: 1 tentar abrir a mente de alguns nomes dessa geração, que temos por essa Cruz das Almas, pela Bahia e pelo Brasil a fora e a dentro, aos quais sugiro, não permita que te desencoragem. Vá a luta. 2 fazer uma hulmilde, porém, justa homenagem, à aqele que para mim é o maior Rei (que me desculpe Roberto Carlos) da Música Popular Brasileira, Luiz Gonzaga do Nascimento. Com sua simplescidade fez a cultura e as coisas do Nordeste virar conteúdo univesal. Viva ‘seu Lula’ (13/12/1912 a 2/8/1989).
Mas sobre ele, quem vai contar muito melhor do que eu, é esse documentário de o Caminhos da Reportagem), um acervo da TV Brasil. Confira aí…
*Dell Santana, é graduado em Comunicação Institucional (Faculdade Sumaré – SP), editor do Acesse News e filiado a ABI (Associação Baiana de Imprensa).