Editorial

Se eu tivesse que dar um conselho para Margareth Menezes, seria…

*Editorial

Que me perdoem o(a)s antagônico(a)s. Mas eu não acho que lugar de um(a) artista, seja por trás da gestão de um projeto cultural. Acredito que o(a) artista que empresta seu tempo para gerir um negócio, perde muito da sua áurea criativa, que é o que mais o público espera dele(a). Dizendo isto, se eu tivesse que dar um conselho para Margareth Menezes, seria… não aceite ser ministra da Cultura. Continue fazendo o que você sabe fazer bem… cantar e encantar. Com esse dom e vozeirão que Deus lhe deu.

As notícias das últimas horas dão conta de que a cantora baiana foi convidada, pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pata assumir o Ministério da Cultura e que ela aceitou, ou está prestes a aceitar o desafio.

É do conhecimento de todos ou de muitos, a sua trajetória e representatividade no cenário musical baiano e brasileiro. Principalmente no movimento Axé Music, carnaval, etc. Mas para ser secretário(a) ou ministro(a), o mais indicado é que se tenha experiência técnica na área da atuação. Aliás, esse deveria ser o requisito primordial.

E por outro lado, ao que sabemos, atuar como ente do Estado, requer muito traquejo político (não sei se ela os tem), para lidar com as tratativas que a função exige. E isso é muito diferente de atuar no palco ou no trio elétrico (no caso da cantora), onde você já sabe que, basta subir lá, dar o seu melhor e a sua plateia sairá dali feliz da vida. Ao contrário, quando se trabalha nos bastidores da política, não é bem assim que a ‘banda toca’.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

E para começo de conversa, o nome da nossa artista baiana, não foi o primeiro da preferência do presidente. Consta que Lula desejaria, a atriz global Marieta Cevero, que recusou. Depois, o rapper Emicida, que também disse não. Somente após essas recusas, a opção Margareth foi sugerida pela futura primeira dama Rosângela Silva (Janja), uma vez que o seu marido queria alguém com representatividade (mulher ou negro[a]) para ocupar o cargo.

Mas parte da imprensa do país, já noticiam que nos bastidores políticos e até artísticos, há fortes movimentos contrários a indicação de Menezes para a função. Principalmente alas do próprio PT (Partido dos Trabalhadores).

Isso significa que a ‘perola negra’ do Axé Baiano, se confirmada, já chegará com muita pressão sobre a sua mesa. – A pergunta é… ela tem experiência e terá jogo de cintura para saber administrar os lobbys que virão pela frente? Acredito que ela bem sabe as dificuldades que enfrentam a cultura e a maioria dos artistas (especialmente quem está começando a carreira), neste país.

PUBLICIDADE

Matricule-se já… (75) 9 8800-2074

Outro baiano que viveu essa experiência, também no governo Lula, foi o cantor Gilberto Gil, lá na primeira e início da segunda gestão do petista. Se olharmos para trás, não notamos muitos legados deixado por ele para o segmento. Houve bastante desgastes e críticas

– Então sim. Eu se fosse Margareth Menezes, continuaria fazendo shows nos palcos mundo afora, cantando suas belas músicas e nos brindando com sua voz, talento e performances. Como nessa canção “Terra Aféfé” em que ela faz essa sábia metáfora “o Universo é uma cópia da barriga da mulher“. – E eu assino embaixo. Confira aí o clipe..

Deixe seu comentário e compartilhe

Botão Voltar ao topo